Educadores de Confresa lotam a Câmara Municipal exigindo recomposição salarial e respeito


Os trabalhadores da educação da rede municipal de Confresa (1.180 km da capital) lotaram a Câmara Municipal, ontem (21/10), para exigir dos vereadores compromisso com a legislação que trata sobre direitos dos profissionais da educação.

Publicado: 28/10/2021 17:46 | Última modificação: 28/10/2021 17:46

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT

O desrespeito à lei de Cargos Carreira e Salário (LC 046/2008) e ao Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) imposto pelo Prefeito achatam em 19.29% os salários dos educadores.

Conforme a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Confresa, Kesia Gonçalves Rodrigues da Silva, a política da atual gestão implantou retrocesso no poder de compra dos trabalhadores. “Desde 2019 o PSPN (R$ 2.886,75) não é aplicado, mesmo que na proporcionalidade.

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Educadores de Confresa lotam a Câmara Municipal exigindo recomposição salarial e respeito 

Nossa defesa é o piso integral, contudo, sem pagar a integralidade do PSPN o prefeito reeleito conseguiu arrochar em 19,29% os salários. Hoje o piso é de R$ 1.923,18”, destaca.

A ação de protesto chamada pela subsede do Sintep/Confresa cobra a intervenção do legislativo para efetivação da recomposição salarial e enquadramento na carreira. Os trabalhadores estão com salários congelados e não cumpre a elevação de classe (qualificação) e nível (tempo de serviço) de forma imediata, referente a 2021.

A dirigente alerta que a prefeitura está com sobra de recursos em caixa e, apesar disso, penaliza os trabalhadores. “Nossa defesa é pela recomposição salarial, e não rateio dos recursos, como anuncia a administração. Além disso, os profissionais que passaram pelo período probatório devem ser enquadrados, pois estão com salários ainda mais achatados, “disse.

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Kesia Gonçalves Rodrigues da Silva - Presidente da Subsede de Confresa

Késia destaca que a proposta de rateio dos recursos não será aceita, pois desconfigura o projeto de valorização do profissional, defendido pela lei de carreira. “O rateio não incorpora os ganhos aos salários. Com isso, no próximo ano a recomposição não será feita sobre o montante recebido, mas sim sobre o valor do Piso defasado. O que traria perdas ainda maiores”, informou.

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