Educadores da rede municipal de Nova Ubiratã lutam contra o calote salarial de 27,61%


O percentual em atraso soma seis anos de ausência de recomposição salarial dos profissionais da educação

Publicado: 11/04/2025 18:15 | Última modificação: 11/04/2025 18:15

Escrito por: Lina Obaid

Sintep-MT

A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Nova Ubiratã, cobra a recomposição de perdas salariais da categoria, que está acumulada em 27,61%. O atraso soma repasses não feitos desde 2019 pelas administrações municipais.

Desde o início do ano a direção da subsede do Sintep-MT tenta, sem sucesso, negociar com a nova administração, cujo prefeito é Neninho da Nevada (União). Apesar de algumas reuniões, a prefeitura mantém a justificativa de avaliação orçamentária e protela o pagamento, inclusive da recomposição do Piso Salarial Profissional Nacional, de 2025, que é de 6,27%.  

Conforme explica a presidente da subsede de Nova Ubiratã, Verônica Ribeiro da Silva, além do calote de mais de 6 anos, os educadores que tiveram a jornada ajustada de 40 para 30 horas, foram ainda mais prejudicados. “Com a redução de dez horas, foram penalizados a receber menos, devido a nova carga horária. Diante disso a recomposição é uma pauta latente para nós da subsede, pois acreditamos que o piso salarial nacional é uma conquista dos educadores, e o não pagamento é uma forma de desvalorização dos profissionais”, frisou a dirigente.

Na última semana, a luta pela recomposição salarial foi intensificada com debates junto à categoria, entre os quais um deles com participação do presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. O objetivo foi buscar caminhos conjuntos para intensificar o cumprimento do direito à valorização.

Entre as pautas debatidas na reunião com o presidente do Sintep-MT, estiveram questões sobre a aposentadoria dos profissionais da educação do município. Conforme Verônica, a defasagem impacta em toda a estrutura da carreira e prejudica também os proventos da aposentadoria.

Os debates foram concluídos com encaminhamento da Assembleia Geral com data a ser definida, na tentativa de que a categoria estabeleça um plano de luta para assegurar a recomposição salarial e resgatar a valorização perdida nos últimos seis anos.