Dia Internacional das Mulheres é marcado por Ato Público e luta por direitos


O dia 8 de março em Cuiabá reuniu centenas de mulheres de diversos movimentos sindicais e sociais em Ato Público realizado no Centro Político da capital

Publicado: 08/03/2023 14:23 | Última modificação: 08/03/2023 14:23

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

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Dirigentes do Sintep-MT participaram do Ato Público representando as trabalhadoras da educação

Os discursos das mulheres ligadas à diversos movimentos sociais e sindicais, incluindo trabalhadoras do ensino público de Mato Grosso, neste 8 de março, tiveram um ponto central em comum: a luta pela defesa dos direitos das mulheres. A data celebrada internacionalmente, é também um grito às autoridades e à própria sociedade, sobre pautas que giram em torno do sistema onde nossa sociedade está inserida. Um sistema que muitas vezes exclui, diminui e pune as mulheres, pelo simples fato de serem mulheres.

A dirigente do Sintep-MT, Angelina de Oliveira, lembrou que a data serve como um memorial acerca do longo caminho que ainda precisa ser percorrido para que haja respeito e paridade para as mulheres. “A cada ano que a gente se encontra para celebrar o 8 de março, que é uma reunião que vai muito além do que uma simples celebração, e sim um dia de denúncia, de reflexões, de debates, nós temos anunciado um aumento significativo no número de casos de violência contra as mulheres. Isso é muito preocupante. A sociedade já entendeu que é preciso que sejam criadas políticas públicas para proteger a vida das mulheres e o poder público precisa assumir essa responsabilidade. Isso porque, quando a mulher é protegida e tratada com respeito, toda a sociedade ganha”, disse.

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Representantes de diversos movimentos sindicais e sociais participaram da manifestação em defesa dos direitos das mulheres

A sindicalista ainda lembrou o drama vivido pelos servidores públicos aposentados em Mato Grosso e destacou que, para as aposentadas, o sofrimento é ainda maior. “Lembro aqui também do ataque que os aposentados sofreram com o confisco das aposentadorias pelo governo Mauro Mendes. Sabemos que muitas vezes a mulher aposentada é também a chefe da família e além de se sustentar, ainda sustenta a casa com sua aposentadoria. Essa alíquota de 14% que o estado aplicou, especialmente na faixa salarial entre R$ 3 mil e o teto da previdência, tem sido muito danosa para essas mulheres”, completou.

Para Maria Luiza Zanirato, diretora do Sintep-MT, a data de hoje serviu para reafirmar o poder da unidade das trabalhadoras através da organização sindical. “Hoje é um dia muito especial para nós trabalhadoras, do campo e da cidade. No caso das trabalhadoras da educação, hoje é um dia também de denúncia acerca da perseguição contra nosso sindicato, que é formado majoritariamente, (mais de 80%) por mulheres. O governo não reconhece que nosso salário ainda é inferior e que nós somos a categoria do executivo estadual que tem a menor remuneração. Nossa luta é para que o governo estadual passe a valorizar as trabalhadoras, que crie uma Secretaria Especial da Mulher para tratar dessas pautas e ofereça respeito, dignidade e a valorização que nós merecemos”, finalizou a sindicalista.