Desrespeito à Lei do Piso: educadores de Tangará da Serra iniciarão greve em 1º de junho


Conforme a presidente da subsede do Sintep-MT em Tangará, Francisca Alda, o prefeito se recusa a fazer a implementação de aproximadamente 14% na remuneração inicial de carreira para a equiparação ao Piso Nacional da categoria.

Publicado: 23/05/2022 12:37 | Última modificação: 23/05/2022 12:37

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Sintep-MT/Subsede Tangará da Serra

Os trabalhadores da educação do município de Tangará da Serra (240 Km de Cuiabá), após diversas tentativas de negociação junto ao executivo municipal para que a categoria recebesse o reajuste salarial devido, deliberou pelo início de uma greve geral a partir de 1º de junho de 2022.

Conforme a presidente da subsede do Sintep-MT em Tangará, Francisca Alda, o prefeito se recusa a fazer a implementação de aproximadamente 14% na remuneração inicial de carreira para a equiparação ao Piso Nacional da categoria. “A nossa Assembleia foi realizada na última sexta-feira (20) e decidimos que vamos parar as nossas atividades para fazer a luta. É triste que ainda tenhamos que reivindicar e lutar por um direito tão básico como esse, que é o reajuste salarial, ainda mais em tempos de inflação com índices assustadores. A perda do poder de compra dos trabalhadores é muito significativa e sem o reajuste, manter o mínimo da nossa subsistência está cada vez mais difícil”, disse a sindicalista.

Na pauta debatida na assembleia dos trabalhadores, ainda foram colocadas questões como:

-Reconhecimento financeiro para os educadores que já concluíram o Profuncionário;

-Organização da jornada para 30 horas sem redução salarial;

-Valorização profissional com pagamento do PSPN incluindo o retroativo a janeiro;

-Melhorias na infraestrutura das unidades escolares;

-Alimentação escolar de acordo com a PNAE;

-Realização de novas turmas de formação do Profuncionário.

A sindicalista ainda destaca que, todos os pontos de pauta, são reivindicações legítimas dos trabalhadores e que visam a melhoria do ensino público. “Quando os educadores cobram o poder público, é porque estamos lutando pela sociedade, já que é impossível uma sociedade desenvolvida e justa, sem que haja investimento em educação. E para uma educação de qualidade, o conjunto de trabalhadores precisa ser valorizado e ter seus direitos respeitados”, finalizou.