CUT-MT e Movimentos Sociais marcam Dia da Consciência Negra com ato de protesto


A manifestação reuniu cerca de 300 participantes no Beco do Candeeiro em Cuiabá, local que possui uma forte história relacionada à pobreza e violência

Publicado: 21/11/2021 11:52 | Última modificação: 21/11/2021 11:52

Escrito por: Assessoria/CUT-MT

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Centro Cultural Casa das Pretas - IMUNE MT

O ato político cultural foi realizado na manhã deste sábado (20) com a Marcha da Consciência Negra e Fora Bolsonaro. A manifestação reuniu cerca de 300 participantes no Beco do Candeeiro, local que possui uma forte história relacionada à pobreza e violência, com a chacina ocorrida ali em meados de 1998, quando três adolescentes negros foram brutalmente assassinados.

A condução das atividades ficou por conta dos movimentos sociais e Coletivo de Entidades Negras com manifestações políticas e culturais.

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Consciência Negra

Em 1971, um grupo de jovens negros se reuniu no centro de Porto Alegre para pesquisar a luta dos seus antepassados e questionar a legitimidade do 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea, como referência de celebração do povo negro. No lugar, sugeriam o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, para destacar o protagonismo da luta dos ex-escravizados por liberdade e gerar reflexão para as questões raciais. A semente plantada ali é um dos marcos da constituição dos movimentos negros e está na raiz do Dia da Consciência Negra.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), Henrique Lopes, falou sobre a representatividade da data. “Essa data tem muito significado na luta por direitos. Temos enfrentado ataques e desrespeito principalmente por parte do governo federal, que deveria dar o exemplo, mas constantemente ataca negros, gays e mulheres com suas recorrentes falas preconceituosas. O dia da consciência negra não poderia ser diferente para nós, por isso, estamos aqui protestando”, disse Henrique.

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O sindicalista ainda reforçou que “É preciso ampliar o debate da questão racial no país para que possamos lutar por políticas públicas que oportunizem mais pessoas pretas estudando, entrando em faculdades, passando em concursos públicos, tendo destaque nas ciências e em todas as esferas da sociedade”, disse o presidente da CUT-MT.

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