Covid nas escolas de MT revela omissão da Seduc-MT


"Mesmo após a ampla divulgação de um “plano de contingenciamento” alardeado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT), o que observamos, na realidade, é que os tais “protocolos de segurança sanitária” não passam de um “amontoado de orientações vagas”.

Publicado: 18/09/2021 12:59 | Última modificação: 18/09/2021 12:59

Escrito por: Andressa Boa Sorte

Sintep-MT

Menos de dez dias após o retorno presencial determinado pelo governador Mauro Mendes, das atividades escolares na rede pública de ensino em Mato Grosso, o caos já está instalado. Até a manhã desta quarta-feira (11), já foram contabilizadas pelo Sintep-MT, 11 unidades de ensino, em diversas cidades do estado, com casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Entre os contaminados estão professores, merendeiras, funcionários e estudantes.
Ocorre que, mesmo após a ampla divulgação de um “plano de contingenciamento” alardeado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT), o que observamos, na realidade, é que os tais “protocolos de segurança sanitária” não passam de um “amontoado de orientações vagas”. 
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, destaca que essa omissão da Seduc-MT sobre como agir em casos específicos de pessoas infectadas no ambiente escolar, tem deixado os diretores completamente perdidos sobre como proceder. “Temos informações de escolas que suspenderam as atividades, outras, apenas uma turma específica, e em outras, o afastamento foi apenas da pessoa infectada. Nas que suspenderam atividades, umas determinaram duas semanas, outras dois dias. Essas divergências de medidas não são culpa dos gestores escolares, e sim, de um protocolo que não deixou claro como eles deveriam agir. Essas orientações devem ser pautadas em medidas efetivas de segurança sanitária, e não apenas para dizer que algo está sendo feito”, criticou Valdeir.
Outro alerta feito pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso é quanto à necessidade de testagem em massa da comunidade escolar (trabalhadores e alunos) de forma constante. “Sabemos que muitos dos que são contaminados pela Covid-19 não apresentam sintomas. Sem que essa pessoa seja testada para identificar o vírus, ela vai estar circulando no ambiente escolar e contaminando todos os demais que frequentam o mesmo ambiente. Como é que a Seduc pretende fazer um contingenciamento se nem elaborou uma estratégia para monitorar os casos positivos?”, ressaltou o presidente do Sintep-MT.
O sindicalista destaca ainda a necessidade de que o governo se responsabilize pela situação em que colocou os profissionais da educação e os estudantes, ao obrigar o retorno presencial, sem ter efetivamente elaborado um plano eficiente para proporcionar um ambiente seguro nas escolas. “Nós, enquanto sindicato, exigimos que a Seduc, que o governador Mauro Mendes, tome medidas imediatas para conter o vírus nas nossas escolas. Isso inclui a testagem em massa e protocolos que sejam seguros e de conhecimento de todos os diretores, para que não fiquem perdidos”, finalizou.
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