Conheça os parlamentares da assembleia legislativa de MT que votaram contra os educadores


Faltando menos de uma semana para as Eleições que vão definir os cargos de presidente da república, senador/a, deputados/as federais, deputados/as e governador/a, é preciso que os servidores públicos de Mato Grosso façam uma reflexão crítica sobre a escolha do voto. Isso porque, nos próximos quatro anos, os eleitos neste pleito, serão responsáveis por definir os rumos das políticas públicas no país e no estado.

Publicado: 27/09/2022 17:39 | Última modificação: 27/09/2022 17:39

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Reprodução

Diante disso, essa análise prévia por parte dos eleitores, deve levar em conta, a ideologia e projeto político de cada candidato. Alguns, em especial, mesmo dizendo-se “amigos” dos servidores, votaram em pautas importantes, exatamente contra o funcionalismo público e contra a educação pública.

É por isso que o Sintep-MT, faz questão de listar quem são esses parlamentares, em especial, os que ocupam uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, sendo que, muitos, tentam agora a reeleição.

Antes de citarmos os nomes desses parlamentares, é preciso destacar o papel que a função pública de deputado/a estadual exerce e o impacto de suas ações na sociedade. Os deputados/as tem o papel primordial de fiscalizar os atos do executivo (governo do estado), e de criar e votar leis que interferem diretamente na vida dos cidadãos. É por isso que, saber como pensam, qual a linha ideológica de projeto político de cada candidato, é tão importante.

Veremos abaixo, votações de pautas importantes e que mostram quem são os inimigos dos servidores públicos e dos educadores de Mato Grosso.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA ESTADUAL

Por 16 votos favoráveis e oito contrários à Reforma da Previdência do governo Mauro Mendes - Projeto de Emenda Constitucional (PEC) número 06, foi acatada por maioria dos parlamentares na Assembleia Legislativa do estado. Para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), a vitória do executivo simboliza mais um desmonte de direitos para os servidores públicos.

A votação feita na pressão e às pressas, inviabilizou qualquer tentativa de negociação com as categorias, e decretou aos servidores mais tempo em atividade, aumento da contribuição previdenciária, e redução no salário da aposentadoria.

Vejam quem são os deputados estaduais que votaram a favor desse projeto que ATACA direitos dos trabalhadores:

Eduardo Botelho (DEM)
Carlos Avalone (PSDB)
Dilmar Dal Bosco (União Brasil)
Xuxu Dal Molin (PSC)
Dr. Gimenez (PSD)
Nininho (PSD)
Pedro Satélite (PSD)
Romoaldo Júnior (MDB)
Sílvio Fávero (PSL)
Ulysses Moraes (PSL)
Wilson Santos (PSD)
Delegado Claudinei (PSL)
João Batista (Pros)
Faissal (PV)
Dr. Eugênio (PSB)
Valmir Moretto (Republicanos)

PAGAMENTO DA RGA

A Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos é um direito dos trabalhadores, no entanto, o governador Mauro Mendes pagou apenas uma pequena parcela do reajuste devido aos educadores.

Um percentual que sequer se igualou à inflação do ano anterior, o que, mais uma vez, corrói os salários dos educadores de Mato Grosso, que, dentre as carreiras do Executivo estadual, são os que possuem o menor salário.

“São quatro anos de achatamento salarial e empobrecimento, sabendo que o governo está superavitário, isentando e renunciando milhões para empresários e o agronegócio as custas do sacrifício dos trabalhadores ativos e aposentados do estado”, destacou o sec. de finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco.

Vejam quem são os deputados estaduais que se posicionaram CONTRA o pagamento da RGA e CONTRA os trabalhadores da Educação:

Nininho (PSD)
Xuxu Dalmolin (União Brasil)
Gilberto Catani (PL)
Dr. Gimenez (PSD)
Romoaldo Jr (MDB)
Dilmar Dal Bosco (União Brasil)
Valmir Moretto (Republicanos)
Max Russi (PSB)
Wilson Santos (PSD)
Carlos Avalone (PSDB)
Dr. Eugênio (PSB)

DESRESPEITO À DOBRA DO PODER DE COMPRA

A Lei 510/2013 foi interrompida no governo Mauro Mendes. A conquista dos trabalhadores da Educação de Mato Grosso tinha como objetivo garantir a dobra do poder de compra dos salários, num período consecutivo de 10 anos (2013- 2023) e, assim, equiparar os salários da educação às demais carreiras do executivo estadual, do mesmo nível de formação.

De maneira ardilosa a gestão estadual conseguiu, por meio de um processo judicial, derrubar a obrigatoriedade em pagar a correção, que permitiria restabelecer o poder de compra dos servidores da educação no estado.

A derrubada do direito contou com a conivência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que se mostrou completamente omissa quando não fez a defesa pela manutenção da Lei nº 510/2013, já que era parte interessada no processo.

Todo o encaminhamento para retirar o direito, se deu de forma sigilosa, inviabilizando o Sintep-MT a ingressar com uma contestação.

A Lei havia sido votada e aprovada no âmbito do legislativo estadual e, portanto, não tinha o sindicato como parte na ação em questão. Ao não fazer a defesa pela viabilidade da Lei da Dobra do Poder de Compra, mais uma vez, a Assembleia Legislativa do estado, em sua maioria, agiu como cúmplice do governador, ao negar o reajuste salarial dos educadores. 

Para pesquisar a atuação dos senadores e deputados federais do seu estado clique aqui.

SOBRE O LEVANTAMENTO DO DIAP

Esse levantamento é feito desde 1983, a partir de critérios definidos pelo DIAP que acompanha a atividade do Poder Legislativo e avalia a atuação dos parlamentares, a partir dos interesses da classe trabalhadora e da sociedade.

“Desde a Constituinte avaliamos dando notas de zero a 10, mas agora decidimos por uma versão digital para facilitar nosso acompanhamento que será atualizado mensalmente”, explica o diretor de documentação do DIAP, Nuriberg Dias.

Segundo ele, os critérios de avaliação são uma forma de facilitar para o eleitor saber em quem está votando, sob o ponto de vista da ampliação de direitos ou se o parlamentar está apoiando mais as causas empresariais.

“Desta forma o eleitor pode acompanhar o mandato e votar em quem considera mais qualificado. Inclusive, é possível na plataforma pressionar deputados e senadores, por meio de mensagens em suas redes sociais, a votar nos interesses desse eleitor”, pondera Neuriberg.

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA!

O Sintep-MT faz um alerta a todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação para que, neste pleito eleitoral, avaliem com muito critério a escolha de seus candidatos, uma vez que, eleitos, são eles que poderão votar a favor ou contra as propostas de lei que interferem diretamente no exercício das carreiras que integram o sistema público de ensino.  “Todos nós devemos fazer uma profunda reflexão a respeito do peso do nosso voto nestas eleições”, disse o presidente do Sindicato, Valdeir Pereira.
O voto que vai eleger os próximos representantes do povo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, precisa ser muito bem avaliado. Voto não tem preço, tem consequência!

Vamos eleger a educação pública como prioridade!