Comunicado de Fechamento de turmas da EE no bairro São Matheus, revolta comunidade


Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiro, localizada no Bairro São Matheus recebeu comunicado de fechamento de turmas do período noturno

Publicado: 29/08/2024 17:01 | Última modificação: 29/08/2024 17:01

Escrito por: Sintep/VG

Reprodução

Os Trabalhadores da Educação, pais e estudantes, da Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiro, localizada no Bairro São Matheus, no município de Várzea Grande, realizaram Assembleia Geral nesta terça-feira (27/08) para tratar do FECHAMENTO DO PERÍODO NOTURNO.

De acordo com o professor Juscelino Dias de Moura presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG), a comunidade escolar foi surpreendida com o comunicado da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC), através de email, informando à Direção da Escola o FECHAMENTO do período noturno (sem justificativa), e o reordenamento dos alunos para a nova escola que está sendo construída, localizada a 3km de distância da EE Elizabeth.

Revoltada com a decisão unilateral da SEDUC/MT, a comunidade escolar reprovou, por unanimidade, o fechamento do período noturno da unidade escolar e deliberaram pela realização de uma manifestação na próxima semana.

“A manifestação será na terça-feira (03/07), com concentração, a partir das 17 horas na escola. A ideia é fechar a BR (Rodovia dos Imigrantes). São mais de 300 alunos que serão prejudicados e a nova escola que vai inaugurar fica distante para esses estudantes”, informa o professor Juscelino Dias.

“É lamentável essa política adotada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) e pelo Secretário de Educação de MT Alan Porto, de fechar salas e fechar escolas, tomando decisão unilateral, sem dialogar com a comunidade escolar, demonstra total falta de sensibilidade com as pessoas, desrespeito e desumanização com quem mais precisa da escola próximo de sua casa”, ressalta Juscelino.

“Ao contrário de fechar salas de aulas e fechar escolas, o governo tem que fazer mais investimentos para possibilitar e melhorar o acesso aos estudantes, possibilitar mais cursos, tornar a escola mais atrativa, tornar a escola de tempo integral com uma educação integral, com foco numa formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmos e com o mundo. Porém, essa política adotada pelo governo anda na contramão disso”, afirma o professor.

“O governo tem que entender que ele é passageiro e que está à frente de uma organização PÚBLICA, uma unidade política. Ele não está administrando a sua empresa, não está administrando o quintal de sua casa. Ele não pode fazer o que bem entende. Ele está administrando um estado, onde tem por OBRIGAÇÃO de RESPEITAR e DIALOGAR com a população, RESPEITAR a comunidade escolar, RESPEITAR as várias legislações que asseguram os direitos das crianças, dos jovens e adolescentes de serem ouvidos nas questões que afetam suas vidas. Portanto, a priori, tem que ter diálogo com a comunidade, com estudantes, com pais e principalmente com os trabalhadores da educação, que que nunca houve. É lamentável!”, finaliza o presidente do Sindicato.