Coletivo de Mulheres do Sintep-MT aponta a necessidade de combater a violência contra a mulher
O alcance do Sintep-MT, aliado a encontros e palestras de conscientização pode impulsionar o trabalho local por meio das subsedes
Publicado: 26/05/2025 14:48 | Última modificação: 26/05/2025 14:48
Escrito por: Lina Obaid

O Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino público de Mato Grosso (Sintep-MT), reuniu-se neste sábado, (24/05) para discutir a importância da implementação de políticas públicas no combate da violência contra mulheres e jovens, dentro e fora das escolas.
O Sintep-MT está presente em 142 municípios de Mato Grosso, e em alguns já existe a representatividade da luta da violência contra a mulher, por meio dos Conselhos Municipais da Mulher. No entanto, a diretora regional do Sintep-MT, Ilmarli Teixeira, acredita que o sindicato pode ampliar este trabalho.
“O sindicato pode ser protagonista nesta causa, por meio de atividades como esta do coletivo de mulheres, que promovem o debate nos municípios. E que as subsedes sirvam de referência para as mulheres, em defesa de seus direitos. Elas podem inclusive procurar os Conselhos Municipais e pedir para participar enquanto entes civis, ampliando ainda mais a atuação da sociedade nesta luta”, afirmou a dirigente.
Entre os pontos levantados no encontro, também se destacou a falta de informação acerca dos fatores causadores do ciclo da violência, aliada ao medo de falar sobre o tema, bem como a dificuldade de identificar as vítimas que estão em situação de violência.
A coordenadora do Coletivo e dirigente do Sintep-MT, Catarina Francisca, complementa dizendo que “mais do que isso, é necessário saber quais são os órgãos públicos competentes e como acessá-los. E também é imprescindível que nós enquanto educadores tenhamos um olhar voltado para a situação em pauta, para trabalhar a questão, com abordagens sutis, que preservem e fortaleçam estas vítimas”, declarou.

Ainda nesse sentido, Catarina complementa que há uma necessidade de realizar palestras de conscientização com as criança e jovens, e com suas famílias, uma vez que se entende que o ciclo da violência muitas vezes tem origem em casa e o agressor é geralmente uma pessoa da família.
O Coletivo também destacou a importância de reforçar, nas palestras e conversas que a vítima não tem culpa do que está acontecendo com ela, e por isso mesmo a importância dos trabalhos que alarmam para a violência e seus tipos, motivações, identificação de vítimas e agressores, entre outros fatores.