Coletivo da Juventude defende mais espaços de escuta para renovar movimento sindical


Na capital pernambucana, mesa de conjuntura reúne lideranças jovens de todo o país para debater participação política, desafios sindicais e o futuro da educação pública.

Publicado: 21/07/2025 10:15 | Última modificação: 21/07/2025 10:15

Escrito por: CNTE

Alesandro Vitor / SINPROJA

O segundo dia do Encontro de Coletivos da CNTE, realizado nesta sexta-feira (18), no Recife (PE), destacou a força da juventude sindical com o painel do Coletivo da Juventude da Confederação, que teve como tema “Juventude em Movimento”.

O evento, que reúne cerca de 500 representantes sindicais de todo o Brasil, promoveu uma mesa de conjuntura dedicada à juventude, com convidados que têm se destacado na luta por direitos e políticas públicas para os jovens.

Participaram da mesa Cristiana Paiva (Juventude CUT Nacional), Divaneide Basílio (deputada federal pelo PT/RN), Evanilson (Juventude CUT/PE) e Higor Lins (vereador pelo PT de Cuité/PB), com mediação de Bruno Vital (Sinte-RN) e Luiz Felipe Krehan (APEOESP).

Com a presença de entidades sindicais de diferentes regiões do país, o coordenador do Coletivo da Juventude da CNTE, Luiz Felipe Krehan, ressaltou o avanço da participação juvenil no movimento sindical. “Este ano temos representações inéditas, o que mostra um crescimento no interesse em debater temas fundamentais para a educação e para a juventude. É importante que esses jovens compartilhem suas experiências. É nessa troca que nos fortalecemos enquanto juventude sindical em todo o Brasil”, afirmou.

Desafios

Luiz Felipe também pontuou os desafios enfrentados pelos sindicatos na mobilização da juventude e destacou o papel estratégico dessa aproximação. “A luta pela educação pública dos próximos 40 anos vai depender da juventude de hoje. Por isso, é fundamental trazê-los para perto e criar espaços de escuta e atuação política.”

O vereador Higor Lins fez uma reflexão sobre os obstáculos históricos que dificultam a presença jovem nos espaços de decisão. “Não podemos responsabilizar a juventude por não estar envolvida na luta. É preciso compreender o que foi (ou não foi) construído para pavimentar esse caminho. Quando os jovens não se veem representados, a tendência é o afastamento. Por isso, ocupar espaços e garantir representatividade são ações essenciais para transformar essa realidade.”

O debate também promoveu um balanço das políticas voltadas para a juventude no âmbito da CNTE e apontou os caminhos para o fortalecimento da participação juvenil no movimento sindical. As falas dos convidados e a intensa troca de experiências entre os presentes resultaram na síntese de propostas e definição de encaminhamentos que devem orientar os próximos passos do coletivo.