Cartilhas orientam sobre trabalho laboral em tempos de precarização


Sintep divulga material para ajudar os trabalhadores na prevenção da saúde e segurança diante da onda de precarização do trabalho.

Publicado: 14/12/2021 14:44 | Última modificação: 14/12/2021 14:44

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

REPRODUÇÃO

Apesar de recorrente a defesa de que Educação e teletrabalho são inviáveis, o teletrabalho na modalidade remota continua presente na vida dos educadores da rede estadual. Ainda sem normatização estabelecida, a Lei Complementar 047/2021 (Teletrabalho), gera inúmeros questionamentos quanto aos direitos dos trabalhadores, entre eles, saúde e segurança no trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) antecipa as orientações publicando cartilhas desenvolvidas pela Central Única dos Trabalhadores sobre saúde laboral.

Na primeira semana de dezembro, quando se deu a divulgação das cartilhas, os debates realizados destacaram a prevenção como mecanismo de defesa contra o aumento da precarização do trabalho, que ganha ares de informalidade, com dose extra de sobrecarga de atividades, no caso de Mato Grosso aumento de 20% da jornada.

 

Para os profissionais da educação, o reflexo do trabalho remoto na saúde dos profissionais foi o adoecimento, principalmente emocional, o que levou a cerca de 80% dos educadores entrevistados para uma pesquisa da Universidade de Mato Grosso (Unemat), a defenderem volta às aulas presenciais, apesar da pandemia e necessidade de isolamento.

A dirigente estadual do Sintep-MT, Maria Luiza Zanirato, destaca que as cartilhas da CUT servem com ferramenta para reduzir os impactos na saúde do trabalhador. Contudo, afirma que caberá a cada um e a cada uma fazer a escolha sobre a atuação. “No teletrabalho, seja de forma hibrida ou remota, defendemos a jornada regular, contudo sabemos que pedagogicamente é inviável, pois existe uma sobrecarga de demandas e hora excedentes de trabalho.

Maria Luiza elenca também os inúmeros relatos feitos ao sindicato durante o período de aulas remotas, quando devido ao excedente de tarefas, os profissionais registraram aumento da ansiedade, depressão, cansaço visual, problemas osteomusculares. “São quadros imperceptíveis no cotidiano e que se agravam até chegar à necessidade de suspensão das atividades”, afirma destacando a importância do conhecimento para a prevenção da saúde e segurança. 

Segundo Maria Luiza, o Sintep-MT disponibilizará as cartilhas de forma virtual, e, posteriormente, será entregue na forma impressa.

Confira as cartilhas aqui