Calote da prefeitura de Barra do Garças leva educadores a parar na próxima segunda (8)


A gestão municipal de Barra do Garças descumpre acordo de recomposição feito com os trabalhadores da educação e mantém arrocho salarial

Publicado: 04/07/2024 17:13 | Última modificação: 04/07/2024 17:13

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Barra do Garças

Os trabalhadores da educação da rede municipal de Barra do Garças (515 km de Cuiabá) paralisam as atividades na próxima segunda-feira, 8 de julho.  A mobilização se dará após a prefeitura descumprir o acordo de recomposição salarial com a categoria. A negociação entre os dirigentes da subsede do Sintep/Barra do Garças e a gestão municipal, no mês de maio, estabeleceu o repasse de 10% para professores e 4,7% para funcionários nos salários de junho. O que não aconteceu.

Segundo o presidente da subsede do Sintep/Barra do Garças, Gibran Freitas, a decisão foi deliberada em assembleia da categoria esta semana, após perceberem o calote na recomposição salarial, no pagamento. A primeira assembleia votou pelo estado de greve, e a assembleia permanente. Ontem (03), os profissionais aprovaram a paralisação de um dia, com indicativo de greve, caso não haja sinalização da prefeitura de Barra do Garças sobre o percentual de recomposição.

A mesa de negociação do mês de maio ocorreu após inúmeras tentativas de diálogo com o gestor municipal ao longo de dois anos. Conforme esclarece o dirigente sindical, os profissionais estão sem nenhum tipo de correção salarial, nem mesmo a inflacionária. O percentual apresentado, mesmo distante do ideal, foi considerado um avanço.

Leia mais:Profissionais da educação de Barra do Garças conquistam correção salarial para junho

As práticas da prefeitura de Barra do Garças com os profissionais da educação têm tensionado os educadores, há algum tempo. O calote é a ponta de um iceberg de insatisfações dos educadores da rede municipal de educação. Além das perdas salariais, existem ainda retrocessos como a tentativa de fragmentar a carreira dos trabalhadores da educação, dividindo docentes e funcionários. “Existem desafios como precarização dos contratos, superlotação das salas de aula, e até mesmo a recomposição diferenciada. Esta última, só aceita, como um caminho para avançar no diálogo”, conclui.