Profissionais da educação de Barra do Garças conquistam correção salarial para junho
Após mais de dois anos sem nenhuma recomposição salarial, sindicato consegue negociar para que os trabalhadores fiquem mais próximos da integralidade do Piso Nacional
Publicado: 05/06/2024 18:00 | Última modificação: 05/06/2024 18:00
Escrito por: Roseli Riechelmann
Após muita negociação da direção sindical do Sintep/Barra do Garças e prefeitura, a categoria conquista reajuste salarial de 10% para professores e 4,67% para os funcionários (técnicos e apoio administrativo) da rede municipal de educação. O aceite da categoria a proposta apresentada foi manifestado ontem (04), durante Assembleia Geral.
As tentativas de negociações do sindicato com a prefeitura foram ignoradas nos últimos dois anos, período no qual os profissionais ficaram sem nenhum tipo de correção salarial, nem mesmo a inflacionária. O percentual apresentado se deu diante de uma abertura de diálogo da prefeitura, já no final da gestão. Por isso, apesar de ter ficado abaixo 9,11% do Piso Salarial Profissional Nacional, foi aprovado. Mas a insatisfação diante da defasagem continua, agora com a tentativa de fragmentar a carreira dos trabalhadores da educação.
Segundo o presidente da subsede do Sintep/Barra do Garças, Gibran Freitas, houve muita resistência da gestão municipal para o cumprimento do piso salarial nacional de imediato. Contudo, esclarece, “após dois anos em que tivemos ‘zero’ correção, o percentual já garantido no salário de junho foi um avanço significativo, em especial diante do prazo limitado para negociar reajustes, em virtude do pleito eleitoral municipal. Saímos da reunião com uma agenda de negociação, voltaremos a tratar o reajuste salarial para a implementação do piso, na segunda quinzena de outubro”, afirma o dirigente.
Há uma semana, o presidente do Sintep/Barra do Garças, Gibran Freitas, acompanhado do secretário de Redes Municipais do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, estiveram reunidos com a administração municipal para negociar. O Sindicato levou para a reunião os estudos de viabilidade econômica do município, a partir do acompanhamento realizado sobre o orçamento da educação municipal. “É preciso clareza na folha de pagamento e correção de distorções para avançar na implementação do piso salarial. Mas temos como positivo as negociações abertas, com agenda para outubro”, destacou o secretário de Redes Municipais.
Nas negociações novos impasses foram apresentados pelo gestor, que se recusou a pagar o percentual igual para todos os profissionais da educação. “A prefeitura se agarrou ao entendimento de que o piso salarial é um direito apenas do magistério, entendendo essa classificação como professor apenas. Por isso, tivemos o percentual de recomposição menor para os funcionários”, relata.
Conforme Gibran, são muitos os desafios que terão que ser encampados por toda a categoria, não apenas pela direção sindical. Os enfrentamentos para consolidar a unificação da carreira, que havia sido retirada da lei em 2015, retornou em 2022, porém a lei, por si só, não terá resultado se os profissionais não exigirem o cumprimento dela, assim como a garantia do cumprimento do Piso Salarial Nacional.
“Em outubro retornaremos a mesa de negociação, em busca de nova recomposição para todos os profissionais, valorizando de maneira equânime, e atingindo o Piso Salarial Profissional Nacional para todos os trabalhadores da educação”, afirma o dirigente.