Ato reafirma que funcionários da educação também educam e querem ser valorizados

A valorização dos profissionais da educação e o reconhecimento pela contribuição dos funcionários na formação dos estudantes foram tratadas pela delegação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em manifestações no ato nacional realizado neste 6 de agosto, na Capital Federal.

A secretária de Políticas Educacionais do Sintep-MT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade, também funcionária de escola, esclarece que “o processo educativo no chão da escola não é o mesmo que em outra repartição pública”, exemplificando com o papel da merendeira, que não é apenas uma cozinheira.

“A técnica em nutrição escolar tem um papel educativo. Desde a forma como prepara o alimento até o momento de servir aos estudantes. As crianças e os jovens aprendem com o exemplo, repetem os movimentos. Mas, para desenvolver o trabalho de forma segura e com qualidade, é preciso formação”, afirmou elencando a importância do Profuncionário – curso de qualificação específica subsequente ao Ensino Médio, e agora com proposta de ampliação para formação Superior. 

Guelda também tratou diretamente da valorização ao defender a aprovação do Projeto de Lei 2531/21, que estabelece o piso salarial também para os funcionários da educação. “Professores e funcionários precisam ser valorizados da mesma forma, porque todos desenvolvem o processo educativo no espaço da escola”, disse.

A dirigente lembrou que existe um processo histórico que segmenta a carreira nas unidades escolares. Conscientes disso, alertou para que os profissionais não se acomodem. “O mundo não é. O mundo está sendo. As coisas não estão prontas e cristalizadas. Por isso, o ato hoje”, afirmou Guelda.

Mantendo a mesma defesa, a secretária-adjunta dos profissionais da educação do Sintep-MT, Dayane Constente, reforçou a importância da participação do Sintep-MT no ato, em 6 de agosto,  destacando o fortalecimento da mobilização e a ocupação dos espaços, e ressaltou que sem funcionários não se faz educação.

“Nossa luta aqui é por remuneração justa, condições de trabalho — incluindo recursos materiais e humanos suficientes — para realizá-lo de forma eficiente. Garantir a qualidade do ensino e o sucesso dos alunos passa por profissionais qualificados e valorizados. É importante que os governos, as escolas e a sociedade em geral reconheçam isso e trabalhem por essa valorização. Por isso, a luta pela aprovação do PL 2531”, concluiu.