Assembleia Geral em Paranatinga define agenda de lutas para reajuste salarial


O valor do vencimento inicial para um trabalhador da educação hoje, deveria ser de R$ 3.886,63. Paranatinga paga hoje, R$ 2.176,61 para uma jornada de 30 horas, ou seja, não cumpre nem mesmo com o valor mínimo.

Publicado: 07/03/2022 14:48 | Última modificação: 07/03/2022 14:48

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.

Trabalhadores da Educação do município de Paranatinga (distante 379 Km de Cuiabá), se reuniram em Assembleia Geral para debater a agenda de lutas e reivindicações para que a gestão municipal cumpra com a Lei do Piso, no que tange ao reajuste salarial da categoria, no percentual de 33,24%.

O Secretário de Redes Municipais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Henrique Lopes, esteve na reunião e apresentou dados sobre a viabilidade financeira do município em aplicar a recomposição. “Só para se ter uma ideia, o valor do vencimento inicial para um trabalhador da educação hoje, deveria ser de R$ 3.886,63. Paranatinga paga hoje, R$ 2.176,61 para uma jornada de 30 horas, ou seja, não cumpre nem mesmo com o valor mínimo. Fazendo os estudos sobre as receitas dos fundos destinados ao desenvolvimento e valorização da educação, vimos que é possível para a gestão municipal aplicar o reajuste de 33.24%”, disse Henrique.

Recentemente, após anos de luta dos trabalhadores no município e por meio de intensas atividades desenvolvidas pela subsede do Sintep, a gestão municipal passou a aplicar o pagamento da Hora-Atividade aos educadores. “Foram muitos anos de luta e finalmente conseguimos com que esse direito fosse assegurado. Agora, além da Hora-Atividade, estamos reivindicando com que a gestão também cumpra com a Lei do Piso em relação ao vencimento inicial das carreiras, o que implica nesse reajuste anunciado pelo governo federal”, disse a presidente da Subsede, Roselene Santos Carlini.

“Precisamos manter o diálogo com o executivo e legislativo do município, e seguir com nossa agenda de luta para assegurar que as receitas que são destinadas para a manutenção e desenvolvimento do Ensino público sejam, de fato, empregadas na Educação. Nós sabemos que uma educação de qualidade tem relação direta com a questão da valorização profissional”, finalizou Henrique Lopes.