As lutas são reafirmadas durante primeiro Conselho de Representantes híbrido do Sintep-MT


O momento fez o alerta para a quão sórdida foram as ações dos governos – federal e estadual -- na implementação de políticas para assegurar a vida de milhões de brasileiros

Publicado: 06/11/2021 19:59 | Última modificação: 06/11/2021 19:59

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Sintep-MT
Aprovação das deliberações apresentadas no edital do Conselho de Representates

Com parte dos dirigentes presentes e outra parte acompanhando online, o Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), retomou neste sábado (06/11) o corpo a corpo para o enfrentamento aos ataques à categoria.

Na abertura dos trabalhos foi feita a leitura dos nomes registrados pelo Sintep-MT, dos quase 200 profissionais da educação do estado que perderam a luta para a Covid-19. O momento fez o alerta para a quão sórdida foram as ações dos governos – federal e estadual -- na implementação de políticas para assegurar a vida de milhões de brasileiros, dentre eles os mato-grossenses.  

Seguiu-se a programação com a apresentação das entidades aos quais o Sintep-MT é filiado, como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Na oportunidade, o presidente da CUT-MT e dirigente estadual do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, chamou a atenção para o conjunto de desmandos da atual gestão Bolsonaro. “Temos um calendário de luta no próximo 20 de novembro, com o povo nas ruas pelo Fora Bolsonaro”.

Segundo, Henrique Lopes fora Bolsonaro porque é um governo de continuidade àquele que implementou a Emenda 95; que impôs a terceirização; a Reforma da Previdência; e, para a Educação, impôs a Reforma do Ensino Médio, que entrará em vigor no próximo ano. “Continuam agora tentando o desmonte com a PEC do Calote (PEC-23), que trata dos Precatórios, e com a PEC 32, da Reforma Administrativa, a qual acabará com a política de estado, irá pôr fim aos serviços públicos, criar novas formas e contratação, reduzir salários e transferir os serviços públicos para iniciativa privada”, alertou.

Presidente da CUT-MT e dirigente do Sintep-MT, Henrique Lopes

O secretário de Assuntos da CNTE e dirigente estadual, Gilmar Soares, destacou as duas bandeiras de lutas, emergenciais, dos trabalhadores da educação para a semana. A primeira delas, a questão da defesa do pagamento de Precatórios, ameaçando calote em educadores de cerca de 10 estados brasileiros. “Mesmo Mato Grosso não estando nessa lista, nossa luta é coletiva e exige a participação de todos”, disse

O Outro destaque feito pelo dirigente da CNTE foi a defesa da regulamentação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que poderá desmontar a política de valorização salarial e Piso Salarial Nacional, caso deixe brecha para pagar outros profissionais com os 70% dos recursos destinados aos trabalhadores da educação.

A análise de conjuntura, que fomenta os debates que se seguem no Conselho, focou as políticas nacionais e a cruzada falaciosa de combate à corrupção. Uma prática que se estende aos estados, em especial Mato Grosso, que há dois mandatos  promove a bandeira de redução dos gastos públicos, com rombos de diversas ordens, entre eles o assalto aos direitos dos profissionais da educação, a população mais vulnerável e que depende da escolas e demais serviços públicos ofertados pelo Estado.

Confira mais fotos no facebook do Sintep-MT

Veja o vídeo do Conselho de Representantes do Sintep-MT deste sábado (6/11), pela primeira vez após a pandemia, de maneira semipresencial.