Após prefeito dizer que valorização salarial foi de 47,82% Sintep reage e apresenta sua versão
Dirigentes do Sintep/Nova Mutum apresentam falácias do prefeito sobre salários dos educadores de Nova Mutum
Publicado: 24/03/2025 11:13 | Última modificação: 24/03/2025 11:13
Escrito por: Mauro Fonseca/Power Mix

Na manhã deste sábado (22), dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (SINTEP) de Nova Mutum estiveram na sede do POWER MIX para exercerem seu direito de resposta quanto à entrevista concedida pelo prefeito Leandro Félix nesta semana neste mesmo portal.
O presidente do órgão na cidade, Márcio Alves do Nascimento, começou sua fala contando das ações do SINTEP no mês de março em prol da luta por melhores condições salariais, plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) e a busca por mais diálogo entre poder público e profissionais da educação.
Um dos pontos de maior atrito entre a gestão municipal e a categoria está na fala do prefeito que afirmou em entrevista ter dado nos últimos quatro anos e três meses um reajuste salarial de 47,82% à categoria. Segundo Elvis, dos Representantes das Unidades Escolares (RUES), a fala do prefeito deixa a impressão de que em Nova Mutum tudo está a "mil maravilhas" quando o assunto é salário de professor.
Ele nos conta que, em 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro corrigiu o piso salarial dos professores em 33%, Nova Mutum recebeu apenas 25%, o que gerou uma defasagem. Naquele momento, o salário praticado em Nova Mutum era 9% maior do que o piso e hoje, o percentual é de cerca de 2% acima do piso. Elvis contesta a fala do prefeito porque, segundo ele, a nível nacional, o reajuste foi de média de 58% e em Nova Mutum, quase 48%, como disse o próprio prefeito.
Para isso, a categoria pleiteia a construção de um novo PCCS, mas até aí tem enfrentado entraves. Segundo Dulce Peretti, professora da rede pública, a forma com que a secretária Elena Maria Mass quer conduzir o processo de formação da comissão que discutirá o PCCS não é democrática.
Na prática, o ofício enviado pela secretaria municipal pede que cada escola escolha um representante e destes 21 a pasta escolherá 7 para participar da elaboração do texto do PCCS. Para Dulce, essa é uma forma inaceitável de construção do texto que parece conter apenas o que é vantajoso para o poder público e não para a categoria.
Outros assuntos como gestão democrática, excesso de terceirizados e comparativo de salários com outras cidades da região foram explanados na entrevista que você confere logo abaixo.