Apesar de nomeação de professores concursados do estado, chamamento é feito a conta-gotas


Para o Sintep-MT, a demora nas nomeações (professores, técnico administrativo educacional e apoio administrativo educacional) por parte do governo mostra a falta de seriedade na hora de avaliar e definir o quadro de pessoal necessário para o atendimento, com qualidade, dos estudantes da rede pública estadual.

Publicado: 23/06/2021 16:10 | Última modificação: 23/06/2021 16:10

Escrito por: Andressa Boa Sorte

Sintep-MT

A nomeação de 33 professores que vão atuar na Educação Básica da rede estadual de ensino de Mato Grosso, divulgada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (21/05) foi avaliada como positiva para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

Apesar do chamamento dos trabalhadores, a nomeação está longe de ser comemorada como um avanço significativo para a luta dos profissionais da educação. O número de nomeados nos últimos três anos, está muito aquém da demanda de vagas livres de profissionais da educação.

O dirigente estadual do Sintep-MT, Henrique Lopes, reafirma que todas as nomeações são importantes, mas que estão sendo feitas “a conta-gotas”. “Temos, enquanto sindicato, atuado fortemente para que o governo dê posse a todos os aprovados e classificados dentro do cadastro de reserva, tendo em vista que existe demanda. Nós sabemos que Mato Grosso conta com um número muito grande de contratados. Estes, todos os anos, ficam naquela incerteza de saber se vão conseguir atribuir aulas ou não. No ano passado, quando da primeira onda da pandemia, muitos passaram por sérias necessidades, já que, como contratados, não possuem as garantias com relação à sua remuneração e trabalho”, ponderou Henrique.

Para o sindicalista, a demora nas nomeações (professores, técnico administrativo educacional e apoio administrativo educacional) por parte do governo mostra a falta de seriedade na hora de avaliar e definir o quadro de pessoal necessário para o atendimento, com qualidade, dos estudantes da rede pública estadual. “O governo de Mato Grosso realizou um concurso (2017) com um número de vagas para chamamento imediato, muito aquém da real necessidade da rede pública. Por isso, essa posse continua sendo anunciada a conta gotas, o que é insuficiente”, critica.

Henrique ainda citou que, no estado, cerca de 40% dos trabalhadores da Educação são contratos temporários. “Desejamos as boas-vindas aos companheiros que foram nomeados agora, mas esperamos que o governador Mauro Mendes tenha a sensibilidade de fazer as nomeações dos demais companheiros até a data limite desse concurso, que é até o final deste ano, porque tem muitos profissionais na lista de espera e do outro lado, vagas ociosas no estado”, destacou.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, citou que a prorrogação da validade do concurso público para o final de 2021 também é uma conquista alcançada por meio da luta do Sindicato que representa a categoria. “No início do ano passado nós havíamos protocolado um ofício na Seduc exigindo essa prorrogação por parte do governo. Após nossa luta, obtivemos êxito nesta demanda. Agora estamos reivindicando que, enquanto houver vagas livres nas unidades de ensino, que os concursados classificados no cadastro de reservas sejam nomeados”, disse.

“Queremos o maior número possível de profissionais efetivos nas redes para que possamos garantir, com eficiência, a continuidade dos projetos educacionais nas escolas”, destacou Valdeir Pereira.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT.