Aluno em delegacia e censura: professores criticam escolas cívico-militares


Em 2019, quando o modelo de escola cívico-militar chegou ao CED 01 (Centro Educacional) de Estrutural, no Distrito Federal, a professora Miriam* estava otimista. Para ela, a mudança traria mais segurança ao ambiente escolar. Segundo o governo do Distrito Federal, 90% dos professores, pais e alunos com mais de 18 anos aprovaram a adesão.

Publicado: 07/09/2022 10:11 | Última modificação: 07/09/2022 10:11

Escrito por: Redação/CNTE/Com informações do UOL Notícias

Yasmin Velloso/UOL

Meses depois, no entanto, a educadora ficou decepcionada —foi quando os educadores passaram a tratar de assuntos que não eram "bem vistos" pelos policiais militares, que fazem parte da equipe disciplinar.

Entre julho e agosto, o UOL ouviu relatos de profissionais e alunos de três escolas cívico-militares, localizadas no Distrito Federal, no Paraná e no Rio de Janeiro, após receber informações sobre confusão dentro das unidades.

Nos três estados, há semelhança nos casos relatados por pais e professores. Todas as pessoas ouvidas contaram que a relação entre policiais e professores e alunos é turbulenta e que até o conteúdo passado em sala de aula foi prejudicado após a implantação do modelo.

Confira a matéria completa no site da UOL clicando aqui.

A CNTE é contra a implantação de escolas cívico-militares, pois este modelo de ensino compromete a gestão democrática, a pluralidade do ensino, o trabalho pedagógico emancipador e o acolhimento humanizado. Além de não melhorar os índices de violência dentro e no entorno das escolas, a militarização expõe a comunidade escolar a perseguições, assédios, agressões e evasão de estudantes “não desejáveis” pelos padrões militares. A pedagogia é ciência e profissão e a escola pública é direito de todos!

Confira algumas matérias já publicadas no site da CNTE sobre o tema clicando aqui.

O fim da militarização das escolas também é uma das prioridades que a CNTE colocou no Jornal Mural das Eleições.