A violência das ruas cresce enquanto governo de MT coloca policiais nas escolas, alerta Sintep-MT
Sindicato critica aposta em escolas cívico-militares diante de dados alarmantes sobre mortes e desaparecimentos em Mato Grosso
Publicado: 31/07/2025 12:18 | Última modificação: 31/07/2025 12:18
Escrito por: Roseli Riechelmann

Um artigo publicado quarta-feira (30/07) no jornal A Gazeta, de Cuiabá, intitulado “10 mil Mortes Invisíveis”, denuncia a fragilidade das políticas de Segurança Pública do governo de Mato Grosso. O texto, que evidencia o aumento da violência, das mortes e a escalada da criminalidade no estado, repercutiu dentro do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), que compartilha da preocupação expressa pelo autor.
Segundo os dados apresentados, mais de 10 mil pessoas morreram de forma anônima em Mato Grosso nos últimos seis anos. A isso se soma o fato de o estado ter recebido, pelo segundo ano consecutivo, o título de campeão nacional em feminicídios. Um retrato alarmante da violência na sociedade, sem respostas efetivas das autoridades.
Diante desse cenário, o presidente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, retoma a crítica à escolha das escolas cívico-militares como resposta à violência refletida no ambiente escolar. “Há uma grande preocupação quando o governo aposta nos militares dentro da escola, como solução para um problema que está na sociedade”, afirma.
Uma aposta que promove desvio de finalidade dos recursos da educação para pagamento de salários de policiais militares, em detrimento da valorização dos trabalhadores da educação. Muitos dos quais já recebem soldos da Segurança Pública. Enquanto isso, como ressalta o artigo do auditor governamental – Ciro Gonçalves – “a falta de presença de policiais nas ruas, nos bairros, tem sido fértil para o poder paralelo”.
Para o dirigente, os números da violência reforçam o quanto a propaganda do governo Mauro Mendes sobre segurança pública é desconectada da realidade. “Se vivêssemos em uma sociedade segura, a escola também seria um espaço seguro. Os dados deixam claro que estamos diante de um governo que prioriza a publicidade”, diz.
O dirigente finaliza fazendo o alerta sobre as falácias da gestão Mauro Mendes. “O número de desaparecimentos e a escalada da violência mostram que Mato Grosso pode estar fora de rota em suas políticas públicas, especialmente no que diz respeito à distribuição de renda, segurança, saúde e educação, que são os verdadeiros financiadores do Estado”, conclui.