A Formação é enaltecida como desafio estruturante para valorização dos funcionários de escola

“A saída é o conhecimento”. A afirmação do diretor executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), José Valdivino Moraes, no segundo dia do VII Encontro de Funcionárias/os da Educação do Sintep-MT, elucidou o tema “Piso, Carreira, Jornada, Formação Inicial e Continuada na Perspectiva da Valorização”. 

Para o dirigente, que é funcionário de escola no Paraná, o caminho para valorização é “ocupar espaços no mundo intelectual”. Parafraseando o educador Paulo Freire, ressaltou que, “como seres inacabados, até o último dia das nossas vidas é preciso manter a constante transformação”. Nesse sentido destacou a importância da formação específica, de nível médio, bem como consolidar a política de formação superior específica, ainda distante de ser uma realidade nacional.

Participante do Encontro, Maria Rosa Oliveira, apoio administrativo da limpeza, na escola estadual de Barra do Bugres, “precisamos avançar na tabela, garantindo ao profissional do apoio avançar quando amplia a formação”, destacou

Conforme Valdevino Moraes, esse é um dos desafios das funcionárias e dos funcionários da educação, consolidar no ambiente escolar sua capacidade pedagógica para o desenvolvimento social e humano dos estudantes. O dirigente, citou a luta para a efetivação do piso salarial nacional, onde atualmente está em discussão um projeto de lei que institui o piso salarial para esse segmento da carreira da educação.  

O palestrante foi sucedido pela educadora, ex-deputada, com vasta experiência na Educação Pública, professora Rosa Neide. Na apresentação destacou as diferenças estruturais entre políticas de Estado e política de governos. Conforme ela, as legislações pertinentes aos interesses sociais se dão dentro das políticas de Estado. Elencou nesse modelo o Plano Nacional de Educação (2024/2034) que reúne metas para a qualidade da educação.

Para Rosa Neide, as políticas de governo, por outro lado, destacam os interesses dos governantes de plantão. Apresentando modelos vigentes na educação, elencou o retrocesso das conquistas que estão afetando diretamente os funcionários de escola, como a terceirização, a precarização salarial, a privatização e o desmonte salarial. 

O assessor jurídico sindical, Bruno Boaventura, reforçou a defesa pelo papel dos funcionários de escola como educadores, e a necessidade de avançar na formação, no trabalho pedagógico destes profissionais da educação, para consolidar nas defesas jurídicas a importância da valorização e do cumprimento do piso salarial profissional. 

Bruno Boaventura ressalvou que não apenas nas lutas no Congresso Nacional, mas também, na Assembleia Legislativa, nas Câmaras Municipais com destaque para as eleições de 2024, que deverão ter representatividades das defesas dos profissionais da educação.
  

Confira as fotos do VII Encontro de Funcionárias/os da Educação do Sintep-MT