"A escola é da comunidade": CNTE lança nova edição da Revista Retratos da Escola
Publicação destaca os impactos da Nova Gestão Pública na educação básica, experiências pedagógicas inovadoras e a resistência docente frente às políticas neoliberais
Publicado: 16/09/2025 15:32 | Última modificação: 16/09/2025 15:32
Escrito por: CNTE
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação acaba de lançar a edição v.19, n.44 (maio-agosto de 2025) da Revista Retratos da Escola, publicação científica do Programa de Pós-Graduação em Educação da Escola de Formação (Esforce) da CNTE.
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Com mais de 400 páginas, a revista traz um dossiê temático contundente sobre os impactos da Nova Gestão Pública (NGP) na educação básica brasileira, além de artigos, relatos de experiência e reflexões sobre temas urgentes da educação pública.
Sob o editorial provocativo “Um outro mundo é possível?”, a edição denuncia os efeitos do capitalismo neoliberal, da destruição ambiental e da desumanização promovida pela inteligência artificial, reafirmando a defesa da educação pública, democrática e emancipadora.
O dossiê central analisa como a NGP tem transformado a gestão educacional em diversos estados, com destaque para:
Pernambuco, onde bonificações e avaliações em larga escala reforçam a lógica meritocrática;
Alagoas, que vincula o IDEB à seleção de gestores escolares;
Sergipe, com forte influência de empresas privadas na gestão do ensino médio;
Minas Gerais, onde a educação especial sofre com a lógica medicalizante e a precarização docente.
A revista também aborda temas como:
A desestruturação do ensino médio em diversos estados;
A fragilidade do regime de colaboração entre entes federativos;
A baixa efetividade da gestão democrática nas escolas;
Os riscos da educação domiciliar e do movimento Escola Sem Partido;
A invisibilização de epistemologias indígenas e africanas nos cursos de Filosofia;
Experiências pedagógicas inovadoras, como o uso de cordel no ensino de Física e laboratórios virtuais em Biologia.
A edição reafirma o papel da Retratos da Escola como espaço de resistência, crítica e construção coletiva de saberes, valorizando práticas pedagógicas transformadoras e denunciando políticas que ameaçam a educação pública.
