14ª Plenária da CUT-MT destaca soberania nacional e desafios da classe trabalhadora


Os debates focaram na organização dos trabalhadores para o protagonismo nas pautas e lutas por um Brasil mais justo e solidário.

Publicado: 02/08/2025 17:14 | Última modificação: 02/08/2025 17:14

Escrito por: CUT/MT

CUT-MT/Francisco Alves

A 14ª Plenária da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), com o tema “Novos Tempos, Novos Desafios”, teve início na sexta-feira (01/08), marcada pelo sentimento de defesa da soberania nacional, diante das tentativas de intimidação provocadas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. As entidades participantes ressaltaram a importância dos trabalhadores retomarem o protagonismo nas lutas por um Brasil mais justo e solidário.

Na mensagem de abertura, o presidente da CUT, Henrique Lopes, iniciou a fala manifestando solidariedade à professora doutora Maria Inês, ao fazer referência a todos, todas e “todes” presentes.  Maria Inês, especialista em Saúde, foi destratada pelo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, ao ser expulsa da Conferência Municipal de Saúde por usar o pronome neutro ao se dirigir ao público do SUS.  “Nosso repúdio a tal atitude”, disse.

CUT-MT/Francisco Alves
 

Henrique destacou em sua apresentação, na 14ª Plenária Estadual, a necessidade de colocar na pauta da classe trabalhadora, o pobre no orçamento público e os ricos nos impostos. “O país tem dono, e esse dono é o povo brasileiro”, reafirmou. O presidente convocou os trabalhadores à mobilização, lembrando que a 14ª Plenária é a etapa preparatória para a 17ª Conferência, que discutirá os novos tempos e os impactos na luta de classes.

A vice-presidenta da CUT-MT, Maria Celma Oliveira, representando o Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso), apontou os desafios crescentes dos trabalhadores e trabalhadoras. “Vivemos um momento de parar e refletir. Estamos vivenciando o aumento da informalidade, observamos um avanço da terceirização e do subemprego, inclusive na educação. Precisamos pensar, que tipo de mundo queremos construir? E isso passa por refletir, por exemplo, a militarização das escolas”, afirmou. 

CUT-MT/Francisco Alves

Carlos Alberto de Almeida, do o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT). enfatizou o espaço da 14ª Plenária como ferramenta para o enfrentamento dos muitos desafios que atingem os servidores federais. Reconheceu os avanços promovidos pelo atual governo, como a recomposição das mesas de negociação e os acordos de reajuste com garantias até 2026, mas alertou; “estamos na luta e precisamos nos unir para sair mais fortes”. 

O dirigente John Gordon, da Seeb-MT (Sindicato dos Empregados nos Estabelecimentos Bancários de Mato Grosso) tratou em tom de indignação o momento que o Brasil atravessa, com ameaças à soberania nacional por parte de interesses estrangeiros e o apoio de parlamentares brasileiros a essas ações. “Precisamos manter os olhos abertos diante de falsos patriotas”, ressaltou.

O Sindicato dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso, representando pelo dirigente Nicolas Oliveira, destacou a importância da 14ª Plenária num momento em que o sindicato vive uma nova direção sindical. Enfatizou as preocupações quanto às transformações tecnológicas sobre o trabalho. “Sabemos da necessidade de discutir quais avanços realmente beneficiam os trabalhadores”, disse.

No encerramento da mesa foi destaque à reorganização das pautas dos trabalhadores de Mato Grosso e à preparação para a 17ª Plenária Nacional da CUT, marcada para outubro. Temas como a conjuntura nacional e estadual, com foco nos impactos para a classe trabalhadora.