O empresário Mauro Mendes, desde o início da sua gestão como governador do Estado, vem demonstrando que o seu perfil é de um governo déspota. Para evidenciar esta afirmação, vamos elencar alguns indícios deste modelo de gestão que são pautados por autoritarismo e falta de diálogo com a categoria. A atual gestão, desde seu primeiro mandato, se recusa em construir agenda com o sindicato dos trabalhadores do ensino público, que é amparado pela constituição federal.
Governos autoritários utilizam a força para silenciar opositores e críticos, implementando medidas de repressão, como ameaças, corte de ponto, e até abertura de Processos Administrativo (PAD), contra quem ousa discordar as suas ordens. Usando dessas ferramentas de coerção dificulta a participação da categoria em reuniões escolares ou sindicais. Esta vem sendo a prática do Governo de MT.
O atual governo vem retirando direitos dos trabalhadores em educação que afetam diretamente a sociedade, tais como fechamentos de escolas, redução de quadro de pessoal e terceirização de parte do quadro de funcionários como é o caso da educação especial.
No caso dos vigilantes de escolas, desde 2023, com a implantação das famigeradas câmeras nas escolas, vêm sendo retirados os vigilantes das escolas.
A portaria de atribuição de cargos ou aulas para o ano letivo de 2025, é carregada de perversidade para toda a comunidade escolar, em especial aos vigilantes que na visão do governador apenas as câmeras são suficientes para guardar o patrimônio.
Sabemos que isso não é verdade pois, muitas empresas, bancos com alto sistema de segurança detalhados, incluindo câmeras, alarmes e até cofres com alta segurança não é suficiente para evitar roubos e furtos.
Daí ser a presença de guardas nas escolas no período noturno de grande importância, como explicitaremos a seguir: A presença física de guardas atua como um fator dissuasor para atividades ilícitas, como vandalismo, furtos ou comportamento violento. Eles inibem ações indesejadas apenas pela sua presença.
Em emergências, como em casos de intrusões ou comportamentos suspeitos ou incêndios, os guardas têm a capacidade de agir rápido, de avaliar a situação e tomar medidas imediatas, enquanto uma câmera apenas grava o que aconteceu.
Os vigilantes escolares constroem relacionamentos com estudantes, pais e funcionários, criando um ambiente mais seguro e acolhedor. Essa interação aumenta a confiança da comunidade na segurança da escola, inclusive colaborando para que nada de ruim aconteça.
São estes profissionais que estão nas escolas nos finais de semana, madrugadas, dias de festas, feriados atendendo a comunidade e estudantes que têm atividade extracurricular como por exemplo o Projeto Educarte.
As câmeras do CIOPS que hoje conhecemos como "Vigia MT" é uma ferramenta na unidade escolar e fora dela, porém não substitui o fator humano pois temos a convicção que a presença de guardas nas escolas no período noturno, proporciona atenção preventiva e proteção aos estudantes e profissionais da educação dando resposta e suporte, que as tecnologias sozinhas não conseguem oferecer.
Deste modo, qual a razão da decisão do governador em fazer essas mudanças e a serviço de quem está esse governo?
Estamos falando da extinção da carreira desses trabalhadores. Basta lembrar que não será realizado concurso para o cargo, e quem já é concursado fará o quê ou onde? Estarão seguros... Não!!!!
A demissão poderá ocorrer, pois pode ocorrer quando nosso trabalho é considerado desnecessário ou insuficiente. Para isso realizam a avaliação de desempenho com metas inatingíveis e com objetivos desfocado do trabalho que realizamos.
Além disso, quem irá substituir o quadro de pessoal concursado, é a iniciativa privada com trabalhadores explorados, salários miseráveis como os que estão sendo pagos aos nossos companheiros que trabalham com a educação especial e são contratados pela empresa Liderança.
É hora de reagir! A luta é imprescindível enquanto ainda é possível defender nossa carreira, nossa profissão e a nossa dignidade.
Essa portaria é lesiva a todos os profissionais da escola. É hora de unir todos da escola funcionários, professores e pais, na luta contra a voluntarismo do governador.
Somos pela garantia dos direitos dos trabalhadores.
PORTARIA NÃO É LEI. Não se cumpre o que não é Lei.
Maria Aparecida Cortez - Secretaria Adjunta da Secretaria de Funcionários Sintep MTe Secretária de Assuntos jurídicos Sintep VG