Tumulto e confusão na atribuição de aulas da rede estadual, na DRE de Rondonópolis
Profissionais que buscam vagas nas escolas do estado, no município, se queixam da desorganização e falta de transparência do governo
Publicado: 01/02/2024 15:01 | Última modificação: 01/02/2024 15:01
Escrito por: Roseli Riechelmann
"Falta de organização, descaso, desrespeito." Essas foram as avaliações dos profissionais da educação que estão lotando na Diretoria Regional de Ensino (DRE's) de Rondonópolis (200 km ao sul de Cuiabá) na manhã desta quinta-feira (01/02) para participar do processo de atribuição de vagas livres e/ou em substituição.
Segundo denúncia de candidatos, o comunicado sobre a 3ª etapa do processo de atribuição do estado foi divulgado pela DRE Rondonópolis através das redes sociais e compartilhado pelos profissionais aprovados no seletivo estadual, designado para atribuir aos cargos de professores, técnicos administrativos e apoio educacional, tanto em vagas livres quanto em substituição. Muitos afirmam que não receberam o e-mail convocando para a atribuição.
A secretária de Assuntos Jurídicos do Sintep-MT, Maria Celma Oliveira, esteve presente e confirmou o tumulto, muita gente no espaço, calor, falta de lugar para se sentar. "Questionei uma das profissionais da DRE responsável pela atribuição, porque a convocação não foi feita por área de conhecimento. Isso evitaria o tumulto e a confusão causada", ressaltou.
A informação recebida pela dirigente foi de que não haveria tempo para essa organização, sem ultrapassar o sábado e domingo atribuindo. As aulas começam na segunda-feira (5/02), os alunos precisam das aulas e os profissionais precisam do emprego, sem outra alternativa. Também nos foi informado que a chamada presencial foi necessária porque no virtual também estava dando muitos transtornos e confusões. Em outras palavras, o processo precisa ser concluído imediatamente.
Durante o processo, os profissionais se acumulavam no espaço na tentativa de conseguir uma vaga. "O processo está obscuro, pois antes sabíamos quantas vagas estavam disponíveis para quais escolas, se era para preencher a vaga de quem estava em afastamento e quais eram aulas livres. Agora está tudo escondido", destacou uma das candidatas.
O motivo da convocação presencial também era desconhecido pelos candidatos às vagas. "Não sei. Fiquei sabendo por acaso, alguém me mandou. Não mandaram nada por e-mail. Descobri porque um colega me enviou o link para eu verificar que era hoje, aqui. Mas muitos nem sabem", informou outro participante.
Veja o vídeo.
"O governo está há cinco anos na gestão da educação, mas ainda não consegue resolver um problema que eles mesmos criaram ao inovar no processo de atribuição. Na verdade, repetem os erros praticados em gestões anteriores". Toda essa angústia e luta por uma vaga de emprego, revela a necessidade urgente da realização do novo concurso público, destacou Celma.