Trabalhadores da educação municipal de Juína vão às ruas contra achatamento salarial


Profissionais estão há três anos sem a recomposição salarial do Piso Nacional e enfrentam desestruturação da carreira

Publicado: 08/03/2023 17:09 | Última modificação: 08/03/2023 17:09

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Juina

A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Juína, reuniu os profissionais da educação da rede municipal, na manhã desta quarta-feira (08/03), para cobrar do prefeito a recomposição salarial dos últimos três anos (2021, 2022 e 2023). Concentrados em frente a Prefeitura exigiram o fim do calote no Piso Salarial Nacional, além de respeito à jornada única de trabalho de 30 horas, para todos os profissionais da educação.

“A carreira é unificada, portanto a recomposição e a jornada de trabalho são as mesmas para todos os educadores”, destaca o presidente da subsede do Sintep/Juína, Carlito Pereira Rocha.

Carlito Rocha relata que o achatamento salarial gera perdas de 30% no salário ou, em média, R$ 800,00 sobre o piso base. Segundo ele, já foram feitos estudos que constataram que, há capacidade financeira do município para cumprir a legislação. Contudo, falta vontade política do prefeito em valorizar a Educação. 

Para o dirigente sindical os impedimentos para a valorização dos profissionais estão na ineficiência da gestão municipal. “Faltam professores nas escolas, mas não há sinalização de Concurso Público. A prefeitura optou por terceirizar profissionais, precarizando ainda mais os contratos. Sequer a merenda escolar repassada atende a demanda de estudantes”, destaca.

A precarização e desvalorização dos educadores se amplia com a retirada de outros direitos dos trabalhadores. “Lutamos também para assegurar aos motoristas do transporte escolar o pagamento do adicional de periculosidade. A administração decidiu suspender o repasse, e equivocadamente substituiu por insalubridade, como paga para funcionários da infraestrutura e nutrição”, relata.  

A categoria deliberou em Assembleia realizar algumas paralisações e mobilizações para sensibilizar a sociedade sobre os caminhos que a prefeitura está adotando para a Educação Pública municipal. Esperam também avançar no diálogo com o gestor, mas não descartam a deflagração de uma greve na rede municipal se o descaso com os profissionais continuar.

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