Trabalhadores da educação de Peixoto de Azevedo deliberam indicativo de greve


Profissionais cobram respeito do prefeito Maurício Ferreira de Souza ao cumprimento dos direitos dos profissionais e às negociações acordadas com a categoria

Publicado: 04/08/2023 17:37 | Última modificação: 04/08/2023 17:37

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Peixoto de Azevedo
Assembleia realizada dia 3 decide pelo indicativo de greve

Educadores da rede municipal de Peixoto de Azevedo (698 km ao norte de Cuiabá), decidiram em assembleia da categoria realizada ontem (3/08) na Escola Municipal Dom Helder Câmara, no município, pelo indicativo de greve. Por unanimidade, resolveu fazer a luta por direitos, a partir do dia 14 de agosto. Os profissionais reivindicam do prefeito Maurício Ferreira de Souza respeito às demandas da categoria. A pauta se estende da cobrança por recomposição salarial até a extensão do período de funcionamento das creches, para melhor atender as famílias no município.

Fernando Alves, presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Peixoto de Azevedo, destaca que o desrespeito da administração municipal tem sido um desafio constante. "Desde janeiro, o executivo vem fazendo promessas e não as cumpre. Houve negociações para a Revisão Geral Anual (RGA) em janeiro, direcionadas aos professores, enquanto os demais trabalhadores da educação teriam a recomposição em fevereiro. Mas ainda não cumpriu na íntegra o acordo", declara Fernando Alves.

De acordo com o líder sindical, novas tentativas de negociação levaram o prefeito a se comprometer a pagar os funcionários das escolas no mês de maio, o que também não foi cumprido. Somam seis meses de atraso na correção salarial. A negligência do executivo com a categoria levou a decisão unânime de iniciar a greve.

Nas reivindicações, os profissionais da educação unem forças com os demais servidores para exigir a garantia da RGA. Para além dessa pauta estão; o pagamento de 1/3 de férias para docentes que atuam na direção, coordenação e sala de recursos, uma vez que todos desempenham funções essenciais para os alunos, e não apenas os professores em sala de aula.

Além disso, reivindicam a implementação da gestão democrática na seleção das funções de direção das escolas e o fim das penalizações impostas aos educadores que cumprem suas jornadas de trabalho, mas enfrentam problemas no registro do ponto eletrônico devido a falhas no equipamento.

Segundo Fernando Alves, as cobranças também se estendem por equidade no atendimento dos estudantes com deficiência. “Defendemos que a prefeitura assegure também com recursos próprios, os estudantes PcD que estudam nas escolas públicas, pois não contam com esse suporte”, conclui.