Trabalhadores da Educação de Jangada deliberam reivindicações à Prefeitura

Os trabalhadores da Educação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município de Jangada (Baixada Cuiabana), irão protocolar na prefeitura as deliberações estabelecidas em assembleia geral, realizada em 31/01. A pauta encaminhada destaca cobranças como: a recomposição do Piso Salarial em 2025, com reposição das perdas de 39,96%. Ainda, a gestão democrática na escola com o fim do apadrinhamento dos cargos de direção, concurso público e adequação da jornada de trabalho dos motoristas escolares.

O município de Jangada está na lista dos municípios pesquisados pelo Sintep-MT como descumpridores da legislação salarial nacional dos profissionais da educação. Os sucessivos calotes na correção do piso fazem com que a categoria receba como valor inicial R$ 2.624,68, para jornada de 30 horas, a qual deveria ser, no mínimo, R$ 3.680,83.

Segundo o diretor regional do Sintep-MT, Baixada Cuiabana, Ricardo Assis, a demanda dos profissionais é pela recomposição total das perdas, ainda em 2025. “Esperamos que o prefeito abra o diálogo e negocie a recomposição dos percentuais do Piso com os trabalhadores, garantindo o cumprimento da lei e o direito dos profissionais”, destacou.

Entre as cobranças apresentadas pela categoria está a defesa de que a ocupação dos cargos de direção e coordenação escolar, ocupados por indicação política, seja feito de forma democrática. “Defendemos que a escolha para esses postos passe pelo crivo da comunidade escolar, pois é fundamental que o profissional tenha empatia com a realidade da escola”, ressalta Ricardo Assis

A presidente da subsede do Sintep/Jangada, Célia Costa, afirma ainda que é fundamental que a prefeitura realize Concurso Público. Atualmente, cerca de 70% do quadro de profissionais são ocupados por interinos, o que amplia as dificuldades de se construir uma política educacional contínua, devido à rotatividade nos cargos.

Também foi apresentado na reivindicação solução para o problema recorrente da jornada dos motoristas do transporte escolar. Uma pauta já apresentada ao executivo e sem encaminhamentos. Os motoristas recebem pela jornada da carreira, 30 horas, porém, acabam trabalhando muito mais devido aos turnos das escolas e itinerários dos estudantes.

Os encaminhamentos serão protocolados e aguardarão retorno com agenda para audiência. A categoria aprovou ainda a realização de uma próxima assembleia dos profissionais para o dia 17 de fevereiro de 2025, para avaliação da resposta enviada à prefeitura, na mesma data que foi marcado no município o início do ano letivo.