“Só existe sindicato forte com participação”, afirma o presidente do Sintep-MT
Para democratizar a ação sindical a entidade conta com a participação dos Representantes de Unidade Escolar (RUEs)
Publicado: 29/04/2022 11:55 | Última modificação: 29/04/2022 11:55
Escrito por: Roseli Riechelmann
Como forma de garantir o processo democrático, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) convoca os educadores/as da rede pública para serem Representantes de Unidades Escolares (RUEs) e, assim, fortalecerem a luta da educação pública e gratuita, no estado de Mato Grosso. Às vésperas das eleições no Sintep-MT, em 15 de junho, a organização sindical destaca a importância da participação e representatividade da categoria.
A defesa do Sindicato é para que cada unidade escolar pública tenha um representante. E, se possível, por turno. Contudo, conforme esclarece o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, o estado, assim como o país, tem sido massacrado pela ausência atuações democráticas, de participação social na elaboração das políticas. Nas escolas, isso não é diferente. “Sequer a Lei de Gestão Democrática (nº 7040/98) é cumprida em Mato Grosso, num total desrespeito ao direito da comunidade escolar”, disse.
Dentro dessa realidade, a secretária adjunta de organização sindical do Sintep-MT, Edna Mahnic, destaca que existem municípios, como o caso de Jauru (420 km da capital), onde o trabalho dos RUEs, tem contribuído de forma diferenciada com a ação sindical da subsede do Sintep-MT. “Conseguimos uma dinâmica com os/as filiados/as muito positiva e, principalmente, propositiva”, disse.
O município tem cinco escolas públicas, sendo duas da rede estadual e três municipais. A presidente da subsede do Sintep/Jauru, Eurides Ramos, relata que os representantes das unidades são um braço da subsede no contato direito com os filiados. “Assim que assumi a direção fui nas escolas e chamei as eleições dos RUEs. Eles são fundamentais para informar os trabalhadores sobre as decisões do sindicato e fazer o debate trazendo as demandas e posições da categoria, em cada escola”, afirma.
Eurides destaca que nem sempre participam de forma regular, pois em algumas escolas a direção não garante a gestão democrática. “Para o enfrentamento o representante deve ser experiente em lutas sindicais. Caso contrário, o diretor abafa o direito de manifestação”, destaca o representante de unidade escolar, professor Cícero Guilherme da Silva, da Escola Municipal Professora Rosemeire Aparecida da Silva, no projeto de assentamento Mirassolzinho, Comunidade de São José, há 25 km de Jauru.
“É na representação escolar que o trabalho sindical se inicia. É a partir desse envolvimento com as defesas e lutas da categoria, de forma atuante e participativo que nascem os futuros dirigentes”, conclui o secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco. Um ex-RUEs do Sindicato, na década de 90.