Sintep/Rondolândia decreta estado de greve e busca reajuste salarial conforme piso
Os calotes em atraso chegam a um percentual de 52% de perdas para os trabalhadores
Publicado: 03/02/2025 10:31 | Última modificação: 03/02/2025 10:31
Escrito por: Subsede/Rondolândia

Os trabalhadores da educação do município de Rondolândia (1.100 km noroeste de Cuiabá) tem perdas salariais de mais de 50% em relação ao piso salarial profissional nacional. Em resposta a esta situação, a subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) no município, cobrou do prefeito José Guedes de Souza (MDB), durante reunião realizada no dia 30/01, que sejam pagas as recomposições salariais para a categoria (docentes e funcionários), e principalmente que se cumpra a lei do Piso Salarial Profissional Nacional (11.738/2008).
Na reunião realizada com a prefeitura, o prefeito reeleito José Guedes se comprometeu a pagar as revisões inflacionárias (RGA) em atraso no mês de fevereiro de 2025. As demais reivindicações estão previstas para março.
Contudo, os calotes recorrentes deixam a categoria insegura. “Estivemos em várias reuniões com o prefeito reeleito, junto dos vereadores, e o gestor sempre dizia que iria reajustar os salários, mas isso nunca aconteceu”, ressalta o presidente a subsede do Sintep/Rondolândia, Vanderlino Littig.
Diante dos recorrentes calotes, a categoria da educação, deliberou em Assembleia Geral, no dia 27/01, o estado de greve. Um alerta à administração de que podem paralisar as atividades se não houver avanço nas negociações.
Segundo o dirigente, o achatamento nos ganhos provoca um quadro lamentável na carreira da educação no município, onde muitos docentes, com mais de 20 anos de carreira, recebem valores equivalentes a três salários mínimos. Quando se olha para os funcionários das escolas a situação é ainda pior, chegando sequer ao salário mínimo. “Defendemos que o salário seja reajustado para todos os trabalhadores da educação em caráter de igualdade, pois somos uma categoria. Exigimos que a Lei 11.738/08 seja cumprida”, afirma o dirigente.
Entre as pautas apresentadas a direção do Sintep/Rondolândia exige o respeito à lei de carreira, em especial no cumprimento do estabelecido para as elevações de classe (formação) e nível (tempo de serviço), que estão desatualizadas desde 2020, em todos os cargos e funções da educação. “O município tem, por exemplo, seis professores mestres, que não são remunerados pela titulação”, ressalta Vanderlino para mostra a falta de apreço da gestão municipal pela qualificação dos profissionais e busca por melhorias na qualidade do ensino de Rondolândia.