Sintep subsede Primavera chega aos 37 anos, à frente dos desafios e em defesa da educação


O SINTEP-MT - SUBSEDE PRIMAVERA, filiado a CNTE e a CUT representa todos os profissionais da educação básica pública em âmbito estadual e municipal.

Publicado: 25/10/2022 16:47 | Última modificação: 25/10/2022 16:47

Escrito por: Roseli Riechelmann/Sintep-MT

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Sindicato forte, luta fortalecida

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), subsede Primavera do Leste (240 km da capital), completa 37 anos de fundação, hoje, dia 25 de outubro. Neste último ano os trabalhadores da educação da rede municipal tiveram muito a comemorar com a conquista, mesmo que parcial, do Plano de Cargo Carreiras e Salários (PCCS). Por outro lado, na rede estadual os retrocessos marcaram a carreira em todo o estado.

A presidente da subsede do Sintep/Primavera do Leste, Marieleuza Rosa de Souza, disse que a conquista do PCCS foi um avanço neste ano, mesmo com apenas parte dos funcionários incluídos na carreira. Segundo ela, o grande desafio da categoria é fazer com que ocorra a inclusão dos demais profissionais, para que todos tenham assegurado a valorização na carreira. Não foram contemplados os trabalhadores da educação que atuam na nutrição escolar, infraestrutura e vigia.

Para a dirigente sindical, professora aposentada e atuando na luta dos profissionais da educação no município, desde 1985, a professora aposentada, Edna Mahnic, foi preciso mais de três décadas para que o PCCS se consolidasse. Até então, o sindicato se organizava mediante ao estatuto do profissional da educação, que trazia limitações quanto a normatização salarial e valorização dos profissionais.

Segundo relatou, as conquistas sindicais oscilam conforme o governo de plantão. No decorrer desses 37 anos de história sindical houve momentos de ganhos para a categoria, como o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PCCS), o respeito à jornada de 30 horas. Por outro lado, muitos dos gestores fragmentaram a carreira. “Hoje, na rede municipal, os funcionários de escola passaram a ser terceirizados, o que compromete o trabalho deles como educadores e precariza os salários. Por outro lado, tivemos períodos em que a qualificação era garantida com a formação profissional (Profuncionário)”, relata.

O cenário político é responsável por avanços e retrocessos, contudo a luta sindical é permanente e contínua até mesmo durante governos progressistas, o que não é uma realidade na região. “A qualidade da educação pública passa pela valorização profissional e essa é uma luta contínua dentro da história da subsede do Sintep-MT em Primavera do Leste”, conclui a presidente Marileuza.

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História

A história de luta dos profissionais da educação no município teve início antes mesmo de ser município, ainda distrito da cidade de Poxoréu. O grupo de educadores combativos de Primavera do Leste saiu em defesa da qualidade de ensino. Em maio de 1984, o vencimento-base dos professores da rede estadual de Mato Grosso passou a valer menos que um salário mínimo. Na ocasião, um grupo regional, conhecido como núcleo de Sinos, fez o enfrentamento pela valorização salarial, com a implementação de um Piso Salarial.

O grupo de "novos sindicalistas da educação", com representantes nascidos dentro e fora de Mato Grosso e com uma posição política independente e de oposição ao Governo, fundou organizaram uma chapa forte nas eleições de 1985 - a Novos Rumos - e saiu vencedor.

Assim, no dia 25 de outubro de 1985, na Escola Estadual Monteiro Lobato, a Associação dos professores de Primavera (APP) realizou sua primeira reunião. A primeira diretoria foi composta pela presidente Baltazar Venduscolo, a secretária Mercinéia Fuzetti e a tesoureira Edna Mahnic.

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