Sintep Sinop reforça defesa pelo recesso de fim de ano aos educadores municipais


Presidente da Subsede, Professor Valdeir Pereira, denuncia descaso da Prefeitura e afirma que decisão será tomada em Assembleia da categoria

Publicado: 18/11/2025 18:21 | Última modificação: 18/11/2025 18:21

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Sinop

O presidente da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Sinop, Professor Valdeir Pereira, reforçou publicamente a defesa pelo recesso de final de ano aos educadores municipais. A categoria tem assembleia marcada para esta quarta-feira (19/11), ocasião em que será deliberado o encaminhamento coletivo sobre o tema, independentemente das ações anunciadas pelo Legislativo, como a possível convocação da Secretária Municipal de Educação para prestar esclarecimentos.


Na sessão plenária da Câmara de Vereadores realizada na segunda-feira (17/11), Professor Valdeir utilizou a tribuna para denunciar o descaso da gestão municipal e os impactos aos profissionais das escolas. Ao longo de sua fala, destacou a incoerência da Prefeitura ao excluir justamente os educadores do recesso, direito historicamente respeitado no município.
Segundo o presidente, todos os servidores públicos municipais, inclusive categorias que possuem férias de 30 dias, terão o recesso, enquanto os profissionais da educação, pela primeira vez, ficarão de fora. Ele estranhou a decisão da prefeitura, já que o recesso do final de ano para os profissionais da educação não gera prejuízo ao erário “A Educação e a Saúde são as únicas áreas que cumprem integralmente com jornada de concurso, e no caso dos professores, essa carga se estende para além da escola, pois levam trabalho para casa. Não há justificativa para esse tratamento desigual”, afirmou.


Na oportunidade, o presidente do Sintep/Sinop apresentou aos vereadores diversas reivindicações: cobrou o envio do projeto de lei que garante aos Técnicos Administrativos Educacionais o ajuste na tabela salarial, que aguarda encaminhamentos há pelo menos um ano; e exigiu a recomposição de 1,51% do Piso Salarial dos Profissionais da Educação, que ficou sem aplicação em 2025.


Valdeir também apresentou aos vereadores defesas como: a correção nos repasses da RGA dos servidores com base nos dados inflacionários divulgados regularmente pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat); a necessidade de flexibilização da hora atividade dos professores; e a criação de um projeto de desconexão do sistema de dados da educação, para que os professores não tenham acesso quando estiverem em casa. Por fim, pediu sensibilidade do poder público quanto às mães de crianças atípicas, destacando a necessidade de redução da jornada dessas servidoras.


Na conclusão, o dirigente destacou que, apesar da insensibilidade do Executivo com os trabalhadores da educação, o calendário de mobilização sobre o recesso será deliberada pelo coletivo da categoria na Assembleia Geral que não abrirá mão desse direito.