Sintep/Primavera do Leste denuncia desperdício de recursos da educação


Prefeitura faz troca de mobiliários das escolas quando os que estavam em uso apresentavam excelentes condições

Publicado: 20/12/2021 17:42 | Última modificação: 20/12/2021 17:42

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Sintep/PVA
Carteiras amontoadas no pátios da escolas municipais de Primavera do Leste

A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá), recebeu denúncias de que cadeiras e demais mobiliários retirados das salas de aula, encontram-se amontoados no pátio das escolas aguardando a Secretaria de Educação retirá-los.

No mês de setembro de 2021, a administração municipal anunciou o uso de R$ 1,1 milhão do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) na compra de cadeiras, mesas e mobiliário para refeitório. Todas as unidades de ensino receberam mobiliários novos e nesse encerramento de ano letivo, os pátios das escolas municipais acumulam mobiliário em excelente estado, para descarte. Cadeiras, mesas e carteiras estão a 60 dias tomando sol, chuvas e virando abrigo de mosquitos.

Imagem divulgada quando da aquisição de novos mobiliários em setembro de 2021

“É visível o desperdício e o sucateamento promovido em carteiras escolares. O mobiliário antigo foi trocado sem necessidade alguma, talvez algumas de reposição, devido a manutenção, mas não 100%”, destaca a secretária de Rede Municipal da subsede, Marileuza Rosa de Souza.

Dirigentes da subsede já questionaram a Secretária de Educação sobre o abandono do mobiliário e nenhuma providência foi tomada. Diante disso, o Sindicato quer esclarecimentos sobre o uso dos recursos e a destinação que será dada aos equipamentos, já que ainda estão em boas condições de uso.

O questionamento chega após o desafio da categoria em 2020, quando do período de aulas remotas, a prefeitura ignorou a necessidade de professores e estudantes para aquisição de equipamentos como; computadores e celulares para o desenvolvimento das atividades nas aulas remotas.

"Cada professor desenvolveu suas aulas com seus próprios equipamentos e ainda tiveram que contratar planos de Internet e pagar pacotes, sem ajuda nenhuma”, denuncia a presidente da subsede do Sintep/Primavera, Edna Mahnic. 

Além disso, o sindicato destaca que em muitos casos, foi necessário a troca dos equipamentos eletrônicos particulares, cuja a despesa foi bancada pelos profissionais, para poderem ministrar as aulas. 

E mais, não houve investimento do executivo para garantir o acesso dos estudantes. “A falta de internet e equipamentos eletrônicos dificultou a participação de muitos estudantes nas aulas remotas”, concluiu Edna Mahnic.
 

Mobiliário está ao relento, sob a ação da chuva e do sol