Sintep/Nossa Senhora do Livramento realiza paralisação e ato público em defesa do PSPN


A mobilização acompanhará a reunião com a prefeitura, para resposta ao cumprimento da recomposição salarial referente a 2022, para os trabalhadores da educação

Publicado: 27/05/2022 12:06 | Última modificação: 27/05/2022 12:06

Escrito por: Roseli Riechelmann

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Mobilização levou faixa de reivindicação cobrando o cumprimento da lei federal, chamada Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN)

Os profissionais da educação municipal de Nossa Senhora do Livramento (Baixada Cuiabana- MT) programam para o próximo dia 20 de junho, paralisação de um dia, com Ato Público em frente à Prefeitura Municipal, na praça central. O manifesto acompanhará a audiência, sem horário estabelecido, marcada com o executivo, para responder sobre a recomposição do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) na rede municipal. 

A agenda de mobilização foi definida pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, em Nossa Senhora do Livramento, junto à categoria, após reunião com o prefeito e membros da administração municipal e representante a Câmara Municipal, que pediram prazo para estudo de viabilidade financeira. 

O encontro contou com a participação do diretor regional do Sindicato, Ricardo Assis, e o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. Na oportunidade trataram ainda da reformulação do Plano de Cargos e Carreira dos trabalhadores da educação, que precisa ser adequado as defesas e direitos da categoria. 

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Presidente do SIntep-MT, Valdeir Pereira, esclarece sobre os  direitos da carreira durante reunião com gestores municipais  

O presidente da subsede do Sintep/Nossa Senhora do Livramento, Edson Gonçalo de Aquino, argumentou que apesar da ausência de respostas concretas às deliberações da Assembleia Geral, ocorrida há uma semana, avaliou a reunião positiva. “Estávamos tentando agenda com a prefeitura desde o início do ano. Só por terem recebido o Sindicato já foi um avanço”, disse.

A deliberação da categoria é de que a recomposição no município, repasse o percentual necessário, cerca de 25%, para que o valor salarial pago, aos educadores de Nossa Senhora do Livramento, atinja o piso mínimo nacional R$ 3.845,63.

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Secretária de Educação de Nossa Senhora do Livramento , professora Maria Auxiliadora da Silva

Segundo o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, existe um desentendimento dos gestores sobre o que é Piso e Teto salarial, sem contar a incompreensão do que é categoria, pois em Livramento, apesar da carreira ser unificada, ainda há uma disparidade salarial vergonhosa entre os profissionais da educação. A defesa do direito ao piso salarial profissional foi sustentada com base no aumento dos repasses de recursos do Fundeb de 2022 para os municípios. Contudo, alertou Valdeir Pereira, é necessário que o município faça o dever de casa e organize as inconsistências do orçamento. “As prefeituras estão assumindo praticamente sozinhas o alto custo do transporte escolar; muitas vezes com contratos desnecessários na folha; ou ainda, usando recursos de valorização e manutenção do ensino de forma equivocada”, destacou.

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Trabalhadores da educação da rede municipal aguardaram do lado de fora da prefeitura o resultado da reunião sobre recomposição do PSPN

“Vamos voltar a Nossa Senhora do Livramento para tentar avançar no direito ao Piso Salarial dos Profissionais da Educação. Hoje os trabalhadores recebem valores vergonhosos e enfrentam o desafio de trabalhar em escolas desestruturadas de material pedagógico e outros. E ainda, são responsabilizados pela prefeitura pelos resultados da educação municipal”, concluiu o diretor do Sintep-MT, Ricardo Assis.