Sintep-MT volta às ruas contra defasagem salarial de 21,52% e ataques à Educação


Categoria faz a defesa de negociação para quatro pautas prioritárias, mas elenca uma série de ataques à Educação e aos trabalhadores nas escolas estaduais

Publicado: 16/05/2022 21:15 | Última modificação: 16/05/2022 21:15

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Jadson Oliveira

Os trabalhadores da educação da rede estadual voltam às ruas, em mais um dia de paralisação e ato público, em Cuiabá. A manifestação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), nesta segunda-feira (16/05), foi a segunda paralisação ocorrida em menos de dois meses na rede estadual. O objetivo é cobrar agenda de negociação com o governo Mauro Mendes para tratar de quatro pontos prioritários entre eles os 21,52% de reposição salarial, conforme valor do piso profissional nacional.

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“Voltamos a paralisar as atividades, a última foi em 1º de abril, para dar o recado para o governador Mauro Mendes de que é preciso tratar das pautas da educação. No mês da data-base, independente do período eleitoral, exigimos a recomposição salarial, que este ano é de no mínimo 21,52%, para equipararmos ao valor do mínimo do piso salarial da educação nacional. E mais, a oferta do curso de profissionalização dos funcionários de escola; a Revisão Geral Anual; e o fim do confisco das aposentadorias”, elenca o presidente do Sintep-MT, Valder Pereira.

A mobilização, com concentração na praça em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT), no Centro Político Administrativo de Cuiabá (CPA), seguiu em passeata pelas ruas do CPA, passando pela Secretaria de Estado de Educação até chegar ao Palácio Paiaguás. No percurso, os manifestantes foram destacando os desmontes realizados na gestão Mauro Mendes. 

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Foram elencados problemas de falta de professores, quatro meses após o início do ano letivo da rede estadual. Profissionais que estão trabalhando sem receber.  A perda da autonomia pedagógica, após a compra das apostilas pelo Sistema Estruturado de Ensino, além do acúmulo de livros didáticos não utilizados. Denúncias de autoritarismo das Diretorias Regionais de Ensino (DRE’s), também foram registradas. 

“Os trabalhadores voltam para as ruas para denunciar todo o desmonte que o governo Mauro Mendes tem feito na Educação Pública, desrespeitando conquistas de anos da sociedade mato-grossense”, destacou o dirigente do Sintep-MT, Gilmar Soares.

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O ato recebeu apoio e participação de integrantes dos sindicatos que compõem o Fórum Sindical Estadual. Uma união de forças para cobrar juntos o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e a realização de Concurso Público. Todos manifestaram a indignação com as arbitrariedades do governo e contra o calote de quatro anos na RGA. “As perdas salariais para os servidores, chegam a 25%”, destacou o presidente do Sinpaig-MT, Edmundo César Leite.

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“O governo que concede R$ 10 bilhões, em renúncias e isenções fiscais, se vangloria de ter feito caixa de R$ 6 bilhões, e que deve aos servidores e prejudica a sociedade com a precarização dos serviços públicos”, concluiu o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) e dirigente do Sintep-MT, Henrique Lopes.
 

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