Sintep-MT repudia atos de desrespeito e violência aos profissionais da educação do estado


O Presidente da entidade manifesta apoio aos educadores e convoca os pais a participarem das atividades das escolas evitando a divulgação de calúnias

Publicado: 07/11/2022 18:25 | Última modificação: 07/11/2022 18:25

Escrito por: Sintep-MT

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Coordenadores da escola, ao lado da professora Adalgisa e do diretor da unidade Alceu Busanello (à direita)

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) repudia mais um ataque a educadores em Mato Grosso, e manifesta apoio às vítimas de calúnias nas redes sociais, dentro do exercício profissional. Desta vez, a ocorrência se deu no município de Água Boa. O conteúdo curricular da aula de história de uma das salas do 9º ano, da Escola Estadual Antônio Gröhs, foi adulterado e disparado em redes sociais, acusando a professora e o diretor da unidade de campanha eleitoral, às vésperas do 2º turno das eleições no país. 

Segundo o Sintep-MT, esse é o segundo registro grave, com ameaças e ataques individuais caluniosos à índole dos profissionais e pessoal de educadores, motivados por distorções nos conteúdos curriculares. No caso de Água Boa, se trata de uma versão insana sobre conteúdo da disciplina de História e o pior, recomendados pelo próprio governo federal, via Ministério da Educação, Lei de Diretrizes e Base da Educação, e adotados pela Secretaria de Estado de Educação.

A polêmica surgiu após uma aula regular da professora de História, Adalgisa Aparecida Santos, tratando sobre a redemocratização do país. Um vídeo, que reforça o conteúdo disciplinar, apresentou os vários presidentes que atuaram no período de redemocratização, entre eles, o ex-presidente, agora reeleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O trecho que cita o ex-presidente Lula foi cortado e reproduzido nas redes sociais, acusando a professora e o diretor da escola, Alceu Busanello, de estarem fazendo campanha eleitoral. 

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, repudia toda a violência sofrida e os ataques aos profissionais, entre eles, a diretora da Escola Estadual de Santa Cruz do Xingu, que também foi desrespeitada, ao reproduzir placas da campanha de combate às drogas, com imagens que foram interpretadas de maneira equivocada por parte da comunidade. 

Valdeir acredita que essas são mais um tipo de violência sofrida pelos profissionais que se dedicam a ensinar. “Atos como esses só reafirmam nossas defesas por democracia, com maior participação dos pais e responsáveis na vida escolar dos filhos”, diz.

Nos últimos quatro anos a Lei da Gestão Democrática (nº7.040/98) tem sido desrespeitada no estado, assim como a formulação de Projetos Políticos Pedagógicos da comunidade escolar, atualmente estão vindo enlatados da Seduc-MT, distanciando a participação da comunidade escolar nessa construção. “Precisamos da presença dos pais nas escolas, para que eles mesmo verifiquem e conheçam, de perto, o que está sendo ensinado aos filhos, ao invés de dar ouvidos a sandices das redes sociais”, conclui.