Sintep-MT reivindica audiência com o governo Mauro Mendes


Paralisação e Ato Público pressionam governo a abrir agenda e debater pautas prioritárias, entre as quais a recomposição salarial no mês da data-base.

Publicado: 06/05/2022 18:28 | Última modificação: 06/05/2022 18:28

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT

Com Ato Público na capital dia 16 de Maio, mês da data-base, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) pressiona o governo Mauro Mendes a abrir um canal de negociação com a categoria. Na data, os profissionais realizam um dia de paralisação na rede estadual e cobram audiência para tratar, entre outros temas, da recomposição salarial de, no mínimo, 21,52% com base na Lei Federal 11.738/2008. A luta é para equiparar o piso estadual ao valor do Piso Salarial Profissional Nacional, R$ 3.845,63. 

O Sintep-MT aguarda resposta do governo Mauro Mendes aos ofícios protocolados, em que solicita agenda para audiência. Em recente documento (ofício nº 193/2022) protocolado no início do mês, e ainda, o anterior (nº 087/2022) em 22/03/2022, pontua três reivindicações prioritárias. Cobra o compromisso do governo com a recomposição salarial conforme estabelece lei nacional, no mês da data-base; a revisão das alíquotas da previdência; e, o compromisso com a oferta da Política de Formação Profissional dos funcionários da escola pública.

Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira,  protocolando ofício na Seduc-MT

“Estamos buscando abrir um canal de conversação com o governo. Contudo, o único retorno que temos são as falas do governador Mauro Mendes na mídia, que afirma estar aberto a negociar, o que não se configura na prática”, ressalta o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. 
As tentativas de audiência se estendem também a Secretaria de Estado de Educação, a ao secretário de estado de Educação, Allan Porto. A Seduc-MT, mesmo sem autonomia para debater as pautas salariais com o Sindicato, pode esclarecer outros pontos da pauta da categoria. Contudo, tem adotado táticas diferentes de negociações, totalmente contrárias às defesas e legislações da Educação Pública gratuita. 

“Sem a abertura efetiva de um canal de diálogo será impossível estabelecer resultados produtivos na crise que se instala nas políticas educacionais no estado. Sem contar, que, o desrespeito com os trabalhadores da educação fere às conquistas históricas da categoria, e prejudicam os estudantes e a população de todo o estado”, conclui Valdeir Pereira.