Sintep-MT reforça enfrentamento às políticas antipovo e defesa do PNE
Entidade alerta para avanço de agendas antipovo no Congresso e destaca necessidade de mobilização permanente.
Publicado: 22/11/2025 17:28 | Última modificação: 22/11/2025 17:28
Escrito por: Roseli Riechelmann
Com o tema “Justiça com Reparação”, mote divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) no mês da Consciência Negra, o Conselho de Representantes da entidade abriu os trabalhos neste dia 22 de novembro. A análise de conjuntura destacou a importância do enfrentamento às políticas antipovo, em curso no Congresso Nacional. Nesse cenário, foram ressaltadas a Reforma Administrativa e a tentativa de desmonte do Plano Nacional de Educação (PNE).
O palestrante convidado, professor doutor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Domingos Sávio, fez uma avaliação da conjuntura internacional e nacional. Iniciou pelos impactos da política econômica belicista americana contra vários países, que avança também sobre o país vizinho, a Venezuela
Antipovo
Sávio ressaltou os reflexos da política americana no mundo e também no Brasil, como a agenda antipovo — uma política que desgasta os direitos e interfere no cotidiano da população. Lembrou que, em 2025, completam-se dez anos do golpe contra a presidenta Dilma que iníciou os ataques aos direitos da classe trabalhadora – Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Lei da Terceirização e Teto de Gastos. “Uma agenda que permanece vigente diante da continuidade de um Congresso Nacional antipovo”, destacou.
“Um Congresso em que a maioria defende os interesses de uma minoria; que não quer ser taxada, não paga imposto e sustenta a defesa da Reforma Administrativa. Precisamos manter as mobilizações nas ruas, a exemplo do 21 de setembro de 2025, quando a população enfrentou e derrubou a PEC da Blindagem/Bandidagem”, afirmou.
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No segundo momento da análise de conjuntura, a secretária de Políticas Educacionais do Sintep-MT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade, tratou do PNE como política estruturante para a educação. Um documento com metas que garantem o direito à educação, ampliam o acesso e implementam um modelo de educação integral, assegurando financiamento, valorização e qualidade.
PNE
Contudo, Guelda destacou que, apesar de bem construído, o PNE em tramitação no Congresso está sob ameaça, com emendas substitutivas que disputam o financiamento público com a iniciativa privada.
Conforme a dirigente, o PNE repercutirá também na elaboração dos planos estadual e municipais, o que exige o debate das políticas sociais. “Cabe aos educadores dialogar e trabalhar com os estudantes para que eles saibam avaliar os projetos de sociedade. Precisamos nos entender e nos reconhecer como classe trabalhadora. Só assim conseguiremos defender o projeto de educação libertadora que queremos”, ressaltou.
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Enfrentamento
Como exemplo, cita o projeto do governo do estado de Mato Grosso que resulta em ataque à carreira, perda da Lei 510/2013, da Gestão Democrática e de toda a política educacional construída em anos de luta sindical, que precisa ser reparada. “O tema Reparação retrata a necessidade de alterar todo o processo de desigualdade vivenciado”, destacou.
“Precisamos somar forças na escola e fazermos a resistência, rompendo com o atual modelo de educação que não funciona e está nos matando dia a dia, e que está nos desumanizado no espaço escolar”, concluiu.




