Sintep-MT questiona novo contrato de R$ 2 milhões da Seduc-MT com empresa privada
Sindicato cobra investimento em prioridades e aponta falta de transparência em acordo para cursos de jogos digitais com instituição sediada em Várzea Grande
Publicado: 27/06/2025 10:52 | Última modificação: 27/06/2025 10:52
Escrito por: Roseli Riechelmann

Um contrato milionário firmado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) com uma empresa pouco conhecida — o Instituto do Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Cultural — para a oferta de cursos de jogos digitais aos estudantes, coloca suspeição em mais um acordo do governo com a iniciativa privada. A notícia feita pela mídia nesta semana, gerou questionamentos, especialmente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), dentro do chamado “balcão de negócios” que transformou o órgão central da Educação estadual.
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Para o dirigente e futuro presidente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, causa estranhamento as prioridades do governo. “Um governo que tem negado aos profissionais da educação a sua devida valorização salarial, que não aponta concurso público para todos os cargos da carreira e que sobrecarrega merendeiras por falta de pessoal - um governo que não está dando conta de fazer o básico - é bastante questionável”, afirma.
A empresa em questão, o Instituto do Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Cultural, sediada em Várzea Grande e com endereço registrado em um apartamento de um conjunto residencial, receberá R$ 2 milhões pelo trabalho. Segundo o dirigente, é preciso investigar a legalidade do contrato, além de avaliar os aspectos pedagógicos envolvidos e o know-how da empresa contratada. “É fundamental para evitar que se fale em mais um desvio de finalidade de recurso público e das receitas da educação”, ressaltou Henrique Lopes.
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A proposta de desenvolvimento de habilidades lúdicas e de competências relacionadas ao mundo digital entre os estudantes é considerada bem-vinda. “Não somos contrários à ideia; contudo, questionamos as prioridades do governo com os recursos da educação e a forma como esses acordos têm sido firmados”, destaca o educador.
atualizada 11h34