Sintep-MT participa hoje (18) do primeiro Ato Público contra o feminicídio, em 2024


A primeira quinzena de janeiro é marcada por mais assassinatos contra mulheres em Mato Grosso

Publicado: 18/01/2024 10:52 | Última modificação: 18/01/2024 10:52

Escrito por: Roseli Riechelmann

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Enfrentamento contra o feminicídio exige ações efetivas dos governos e da Justiça

Representantes do coletivo de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) participam, nesta quinta-feira (18), do primeiro Ato Público de combate ao feminicídio, em 2024. A mobilização realizada pelo Movimento de Mulheres de Mato Grosso traz como título “Por Justiça para as Mulheres de Mato Grosso”, e acontecerá na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal, às 17 horas.

O ato público exige ações mais efetivas do poder público para o crime contra as mulheres, que fez a primeira vítima, dia 16 de janeiro no estado. Francisca Alves do Nascimento, de 35 anos, foi assassinada pelo ex-marido Marcelo Ocho de Freitas em uma via pública no município de Lucas do Rio Verde (médio norte de Mato Grosso).

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Ainda em Lucas do Rio Verde foi registrado na mesma data o assassinato de Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, mulher trans. Apesar do assassino ter confessado o crime, ainda não foi esclarecido as causas da barbárie.

Para a vice-presidente do Sintep-MT, Leliane Borges, é inconcebível que um país democrático que assegure a liberdade e os direitos de igualdade entre homens e mulheres venha ao longo dos mais de 18 anos da Lei Maria da Penha (2006) ampliando os registros de feminicídios.

“É preciso que os governos, em especial de Mato Grosso, efetivem a rede de proteção às mulheres, além de implementar medidas educativas e amplie as políticas em defesa de todas as mulheres (brancas, negras, trans) vítimas desse machismo estrutural. É fundamental enfrentarmos o preconceito sustentado no famigerado discurso dos costumes ditados pelo conservadorismo social”, alerta Leliane Borges.

O movimento de Mulheres de Mato Grosso é formado por representantes de várias entidades e movimentos feministas e sociais. 

Confira o Abaixo Assinado elaborado, em que cobra Justiça e ações efetivas dos governos, assinado por diversas entidades.