Sintep-MT elenca pautas prioritárias no dia de paralisação e cobra solução para webponto


Sistema de controle de presença causa terrorismo na vida funcional dos docentes devido a inadequações do Sistema para a organização escolar

Publicado: 27/04/2023 18:26 | Última modificação: 27/04/2023 18:26

Escrito por: Roseli Riechelmann

Reprodução

Dez tópicos prioritários de reivindicação dos profissionais da educação estadual ganharam destaque na paralisação chamada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), neste 26 de abril. Apesar da data ser um marco nacional, possibilitou destacar os pontos prioritários para a defesa e promoção da educação, também da rede estadual. 

Temas como garantia de Política Salarial com “ganho real”, nos moldes da Lei da Dobra do Poder de Compra (Lei 510/2013); pagamento integral da RGA;  fim do confisco nos salários de aposentados/as e pensionistas (14%); oferta do Curso do Profuncionário e do Curso de Nível Superior para os funcionários/as das escolas; mais segurança nas escolas com vigias nos turnos de funcionamento; garantia de merendeiras e pessoal de limpeza necessários para as atividades; Gestão Democrática; novo concurso público e solução imediata para os problemas WebPonto, marcaram a mobilização.

Reprodução
As recorrentes falhas do Sistema de Webponto tornam a ferramenta inútil no controle de presença dos docentes

Os problemas do Webponto, aparentemente técnicos, retratam a desestrutura criada pelo governo para desmontar a política educacional e salarial dos profissionais da educação, com destaque para os docentes.  O professor Juliano Vasconcelos, interino na rede estadual, destaca que o Sistema não funciona. “Não registra entrada e saída dos professores, o que complica a vida dos profissionais e a organização da escola”, afirma.

Foi relatado durante as atividades, até mesmo por técnicos administrativos, que atuam nas secretarias das unidades, os inúmeros problemas do Webponto. Conforme os relatos, todos os dias têm problemas para o registro do ponto dos professores, com isso, é preciso ficar justificando os erros. Em uma escola que possui três turnos, por exemplo, já tem um novo desafio, porque não há parâmetro para o terceiro turno.  Segundo eles, todas as inconsistências serão um agravante ainda maior, caso a Seduc-MT precise dos registros para validar o recebimento da bonificação no final do ano.

Reprodução
Professores se deparam com a inconsistência no registro de presença  

Para a professora Elisandra Ribeiro, o Webponto é um terror psicológico. “se dá erro no ponto a culpa é sua, porque você tem que ficar justificando. Todos os dias fica o questionamento no ar, conseguiu registrar o ponto, é um terror que causa na escola”, afirma. 

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, destacou durante o ato público com caminhada até a Secretaria de Estado de Educação, a necessidade de contestar os desmontes na educação e a negligência com os trabalhadores, incluindo o descaso com as questões administrativas como o "vergonhoso sistema do webponto”, concluiu.

Sintep-MT