Sintep-MT denuncia o empobrecimento dos profissionais da educação
Categoria se organiza para o enfretamento contra a desvalorização salarial
Publicado: 13/05/2024 19:02 | Última modificação: 13/05/2024 19:02
Escrito por: Roseli Riechelmann
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) quer colocar um fim ao ciclo de empobrecimento dos profissionais da educação promovido pelo governo Mauro Mendes. Na próxima segunda-feira (20/05), uma assembleia geral irá encaminhar ações mais efetiva pela recomposição dos salários e pelo fim do confisco das aposentadorias de pensões.
Há quatro anos, a política imposta pelo governo do estado tem comprometido a carreira da educação de Mato Grosso, assim como dificultado a qualidade de vida dos trabalhadores ativos e, principalmente, dos aposentados e pensionistas, que perdem 14% com o confisco implementado pelo governo estadual.
Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, há uma total falta de respeito do governo com os servidores e suas representações. Conforme o sindicalista, o governo age à revelia daquilo que são bases democráticas e ignora as negociações e reivindicações, agindo por conta própria nas pautas da categoria e da Educação Pública.
A políticas salarial é ignorada com a ausência de recomposição após mais de cinco anos de perdas. O resultado é a desvalorização da carreira o que tem levado muitos educadores a lançar mão de duas ou mais jornadas e até optar pelo chamado “bico” para garantir a sobrevivência.
O quadro profissional tem apresentando um cenário ainda pior com aumento dos contratos de trabalho precários. Dados divulgados pela mídia revelam que mais de 60% dos profissionais da educação do estado estão em contratos precarizados. A cobrança por Concurso Público é outra pauta defendida pelos trabalhadores. A situação dos docentes e dos demais profissionais tem sido de dificuldade financeira, diante de uma realidade em que o custo de vida aumenta - água, aluguel, energia - e os salários sendo corrigidos apenas por meio de gratificação.
Para o dirigente estadual e estudioso do Financiamento da Educação, professor Henrique Lopes, os recursos do Fundeb são para manutenção e desenvolvimento do ensino e valorização profissional.
“O governo de Mato Grosso não está garantindo a aplicação correta dos recursos que deveriam ser direito da categoria como valorização do profissional dentro do mês trabalhado.
Ao invés disso inventou a política de gratificação, usando os recursos para premiar parte dos profissionais, lá no final do ano”, destaca.
Conforme afirmam os dirigentes, se tem dinheiro para dar gratificação, tem para valorizar os trabalhadores com ganho real para todos ativos e aposentados. O que o governo está oferecendo é insuficiente para assegurar vida com dignidade.