Sintep-MT apoia ato de solidariedade ao povo palestino como pauta da Educação


Entidade destaca a defesa da causa humanitária contra o genocídio dos civis mortos na Guerra de Israel não é apoiar o terrorismo

Publicado: 30/11/2023 18:39 | Última modificação: 30/11/2023 18:39

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Jadson Oliveira

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) destacou durante ato contra o genocídio palestino, que Direitos Humanos e pauta da Educação. O destaque feito pelo presidente da entidade, Valdeir Pereira, no Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino, em 29 de novembro, em Cuiabá.

Segundo Valdeir Pereira, contextualizar o que acontece no Brasil e no mundo nos faz entender os impactos econômicos e sociais que influenciam as políticas desenvolvidas no país, nos estados e consequentemente, nos municípios. “A nossa Central e a nossa Confederação estão atentas a essas discussões, pois esse é um debate que impacta as defesas da Educação e devem estar também dentro das escolas”, destacou o dirigente.

Sintep-MT/Jadson Oliveira

A temática da manifestação é tratada como pauta pedagógica. A professora de história, Marivone Souza Pereira, acredita que o papel dos professores é o de promover um debate amplo, para além do que a mídia e as redes sociais passam. “Conhecer a história da ocupação na Faixa de Gaza é função da escola”, afirma.

A professora de sociologia, Livia Carus, defende mais espaço para disciplinas que desenvolvam o pensamento crítico da população. “Na sala de aula eu tenho esse papel de promover uma educação decolonial, apresentando a perspectiva histórica da população que sofreu; negros, indígenas. E quando falo da colonização destaco o genocídio e o apartheid que vive o povo palestino, em pleno século 21, trato do sionismo e até da Declaração de Balfour (1917), que esteve na pauta do Enem 2023”, ressaltou.    
A estudante Alice Ticiano, 18 anos, que estava presente no ato pelo cessar-fogo no Oriente Médio, destacou a falta de aprofundamento do tema da Palestina nas escolas em que estudou. ‘Depois que o conflito tomou notoriedade pela mídia eu fui pesquisar por conta própria. Eu acho que falta, sim, esclarecimento mais aprofundados sobre geopolítica, até mesmo para os professores”, disse.

Sintep-MT/Jadson Oliveira

A mobilização, que reuniu representantes dos movimentos sociais, sindicais e políticos, deu luz à luta por direitos humanos na Palestina, mas cobrou a necessidade da democratização de informação para além do que é divulgado pela mídia hegemônica.

“Hoje podemos ter acesso graças a internet e a multiplicidade de informações”, destacou o representante da comissão do povo palestino em Cuiabá, Assan Fouad.

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