Sintep/Juina organiza manifestação contra desmonte da carreira na rede municipal


Prefeito descumpre a lei do Piso Salarial e desconsidera a recomposição para todos os profissionais da categoria

Publicado: 14/08/2023 18:33 | Última modificação: 14/08/2023 18:33

Escrito por: Sintep-MT

Sintep/Juína
O presidente da subsede do Sintep/Juína destaca que dialogo só foi possível com a interferência do legislativo municipal

A Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Juína, está organizando uma manifestação na Câmara Municipal contra a votação do projeto de recomposição salarial parcial, que atinge somente os professores. A decisão foi tomada durante a Assembleia da categoria realizada em 11 de agosto, em resposta ao encaminhamento do projeto para votação no legislativo municipal, à revelia dos profissionais da educação.

O presidente da subsede do Sintep/Juína, Carlito Pereira Rocha, enfatizou que a prefeitura se recusa a estabelecer um diálogo com o Sindicato, além de desrespeitar o cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional para os educadores. Carlito Rocha apontou que, desde o início do mandato, o prefeito de Juína tem negado o pagamento do piso salarial aos profissionais da educação, apesar de ter prometido durante sua campanha eleitoral que equipararia os salários dos professores aos da rede estadual. "Estamos já no terceiro ano de seu mandato, e essa promessa continua sem ser cumprida", destacou.

Sintep/Juína
Dirigentes do Sintep/Juína durante reivindicam recomposição salarial para toda a categoria

Os profissionais esperavam que as negociações para a valorização da categoria fossem efetivadas conforme o anúncio feito pelo secretário de educação e pelo prefeito, de que a municipalização traria os recursos necessários para o pagamento do piso. Entretanto, após dois anos de municipalização das turmas dos anos iniciais (do primeiro ao terceiro ano), os educadores ainda enfrentam um cenário de arrocho salarial.

O Sintep/Juína está lutando pela garantia do cumprimento da Lei do Piso para todos os profissionais, como tem sido feito em gestões anteriores. No entanto, o governo municipal alega falta de recursos e recusa-se a estabelecer um canal de comunicação com a categoria. 

"Desde o mês de abril, temos buscado agendar uma audiência com o executivo, mas até agora não obtivemos sucesso. No mês de julho, em vez de dialogar, o governo municipal apresentou unilateralmente um projeto de lei que propõe um aumento de 12% em 12 parcelas para os professores. Apenas com a intervenção dos vereadores conseguimos ser ouvidos”, observou o dirigente.

Durante a ocasião, os professores reivindicaram o pagamento do piso salarial, buscaram negociar uma redução no número de parcelas da recomposição proposta e discutiram a implementação da jornada de 30 horas para os técnicos de infraestrutura e nutrição. Quanto a esse último ponto, ficou acordado que seria realizado um estudo socioeconômico para avaliar sua viabilidade. Apesar dos desafios, o presidente da subsede, assegura que a “luta prossegue com determinação”.