Sintep cobra prefeitura e Seduc sobre responsabilidade pelo ensino fundamental em Confresa


A municipalização do ensino, que consiste em fechamento de turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, e a transferência da responsabilidade por essas vagas, do estado, para o município, provocará prejuízos ao ensino por diversos fatores.

Publicado: 12/12/2022 11:22 | Última modificação: 12/12/2022 11:22

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Sintep-MT/subsede Confresa

Um Audiência Pública convocada pelo Legislativo de Confresa para debater a municipalização do ensino no município, contou com a participação de representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público, além de gestores municipais e o secretário interino de Educação do Estado, Amauri Monge, na última quinta-feira (08).

Conforme a Diretora Regional do Sintep-MT, baixo Araguaia Leste III, Lucimeire Lazara Ananias, mesmo com os argumentos do Sintep e da comunidade escolar, contrários à prefeitrurização do ensino, os gestores públicos mantiveram o posicionamento de que o estado não ofertará as vagas dos anos iniciais, do segundo ao quinto ano, para estudantes do ensino fundamental já no próximo ano letivo. “Nós apresentamos as preocupações da comunidade escolar com a falta de informações sobre como se dará esse processo. Parece que tudo está sendo feito sem nenhuma organização, porque até agora não houve esclarecimentos sobre para quais unidades escolares esses alunos que não vão mais poder estudar na rede estadual, serão remanejados”, disse.

Sintep-MT/subsede Confresa
Lucimeire Lazara Ananias, Diretora Regional do Sintep-MT, baixo Araguaia Leste III

A municipalização do ensino, que consiste em fechamento de turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, e a transferência da responsabilidade por essas vagas, do estado, para o município, provocará prejuízos ao ensino por diversos fatores. Um deles, é a quebra do ciclo e da continuidade pedagógica, já que agora, parte do ensino fundamental se dará na rede municipal e outra (7º ao 9º ano) na estadual. Além disso, estudantes que antes estudavam em escolas perto de suas casas, terão que ser remanejados para outras escolas, distantes do local habitual.

Já quanto aos trabalhadores da educação, a municipalização do ensino também é uma incógnita sobre o futuro profissional desses educadores. “Ainda não se sabe como vai ficar a vida funcional desses trabalhadores, uma vez que o fechamento de turmas na rede estadual, implica na realocação desses profissionais, em especial, dos pedagogos. O que temos percebido, é que essa mudança tem um viés totalmente econômico, que desconsidera a qualidade do ensino, a carreira dos educadores, e vida dos estudantes e de suas famílias”, criticou a sindicalista.