Servidores Municipais de Sinop param na terça-feira contra reforma administrativa


Servidores da Educação aprovaram pauta emergencial de reivindicações em defesa da valorização profissional e concurso público

Publicado: 15/03/2024 18:33 | Última modificação: 15/03/2024 18:33

Escrito por: Wagner Zanan/Assessoria Sintep-MT

Sintep-MT/Sinop
Em Assembléia Geral Trabalhadores da Educação aprovam paralisação de 24 horas contra desmonte da carreira e por concurso público

Os dois sindicatos que agregam a totalidade dos servidores públicos de Sinop, subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e o SSPMS – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sinop, que representa todos os demais servidores municipais anunciaram uma paralisação de 24 horas para a próxima terça-feira, 19 de março, a partir das 8 h, em frente à prefeitura. À tarde, está prevista a ida à Câmara de Vereadores do município, durante a realização de sessão ordinária.

A paralisação por tempo determinado é uma resposta à contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) pela Prefeitura Municipal, no valor de R$ 850 mil para a realização de estudos que vão impactar na carreira dos servidores públicos municipais.

“Essa paralisação é um indicativo para o executivo municipal de que, se algum projeto de lei for encaminhado para a Câmara de Vereadores e que, nesse projeto tenha ataques aos direitos os profissionais de educação, será deflagrada uma greve por tempo indeterminado”, salientou o diretor regional do Sintep-MT em Sinop, Kleber Solera.

Confira aqui a íntegra da pauta de reivindicações dos Trabalhadores da Rede Municipal de Educação de Sinop.

Segundo o Sintep-MT e o SSPMS, o objetivo da contratação é a elaboração de uma proposta de reforma administrativa que ao invés de assegurar um plano de carreira, valorização profissional e direitos, pretende reduzir os custos da folha de pagamentos do funcionalismo, inclusive com o engessamento da progressão de carreira e redução de direitos.

Para o presidente do Sintep-MT, professor Valdeir Pereira, o prefeito que alega não ter dinheiro para realizar o concurso público, a fim de contratar servidores efetivos para atender à alta demanda da população sinopense por serviços públicos em todas as áreas, é o mesmo que gasta R$850 mil em uma consultoria da FGV.

“A FGV, conhecida por assessorar prefeituras na redução de investimentos remuneratórios em servidores públicos, foi contratada para elaborar essas mudanças, as quais foram conduzidas de maneira reservada, sem qualquer diálogo com as categorias de servidores municipais, despertando preocupação e indignação entre os sindicatos”, destaca Valdeir .

Ainda conforme Valdeir, o fato de que 2024 é um ano eleitoral, em especial para o prefeito da cidade, Roberto Dorner (Republicanos), que é candidato à reeleição, barrou a implementação da reforma administrativa este ano. Mas, visto que, o contrato com a FGV continua em vigência, mesmo após exposto publicamente e criticado na câmara de vereadores local, nada impede que, passadas as eleições e, caso reeleito, a reforma seja retomada e implementada já nos primeiros dias de 2025.

O SSPMS também encaminhou ofício ao Executivo Municipal, cobrando, posicionamento sobre o concurso público e políticas de gestão que assegurem a saúde financeira da previdência dos servidores públicos municipais de Sinop.