Servidores de MT vão às ruas no dia 27 para cobrar RGA e barrar a Reforma Administrativa
Mobilização ocorrerá na Praça Ipiranga, em Cuiabá, com foco no pagamento dos 19,52% da RGA e na defesa dos serviços públicos diante da PEC 32/2020.
Publicado: 07/10/2025 10:01 | Última modificação: 07/10/2025 10:01
Escrito por: Roseli Riechelmann

No próximo dia 27 de outubro, véspera do Dia dos Servidores Públicos, dirigentes sindicais chamados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) participam de ato na Praça Ipiranga, em Cuiabá. A mobilização, a partir das 13h30, fará a defesa do pagamento de 19,52% da RGA, em atraso no governo Mauro Mendes, e contra a Reforma Administrativa, em tramitação no Congresso Nacional.
O Sintep-MT vai às ruas cobrar os 19,52% da RGA e a valorização real dos profissionais da educação estadual, que perdem cerca de 1/3 dos vencimentos após o governo Mauro Mendes romper com a política da carreira que assegurava o Piso Salarial para a jornada de 30 horas.
“Isso significa um impacto no custo de vida e uma perda significativa no poder de compra, que foi achatado com os ataques à legislação estadual”, alerta o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes.
O dirigente defende que se restabeleça uma mesa de negociação com o governo do Estado para tratar da valorização salarial dos servidores. Ao longo da gestão Mauro Mendes, os servidores públicos tiveram os salários achatados.

O secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco, chama a atenção para as condições críticas dos aposentados do serviço público. “Além das perdas da recomposição da inflação, tiveram 14% deduzidos das aposentadorias - o chamado confisco. A situação se agravou quando precisaram buscar socorro com consignados para compor a renda perdida e se defrontaram com empresas fraudulentas, que operam no Estado com aval do governo”, ressalta Orlando.
A luta sindical no próximo dia 27 de outubro se somará às vozes de muitas categorias do Executivo estadual. Juntos, reivindicam os 19,52% da RGA, em atraso ao longo das últimos anos, além da retirada da pauta no Congresso da PEC 32/2020, que, apesar de tratar da Reforma Administrativa, promove um desmonte nos serviços públicos.
Para os dirigentes sindicais, a luta pela valorização dos servidores públicos é uma luta de toda a população. Todos estarão ameaçados com a Reforma Administrativa, que se traduz em redução de custos por meio da precarização dos serviços públicos, pagos pela população para assegurar Saúde, Educação, Segurança, Assistência Social e outros.