Senadores de Mato Grosso não assinam pedido de CPI sobre esquemas no MEC


Para o Sintep-MT, esse posicionamento mostra que os representantes de Mato Grosso no Senado não estão interessados em uma Educação Pública de qualidade.

Publicado: 29/06/2022 16:00 | Última modificação: 29/06/2022 16:00

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT com informações do Senado em Foco.

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Após prisão de ex-ministro da educação CPI do MEC não tem assinaturas de senadores de Mato Grosso

Após escândalos que apontam indícios de um esquema estruturado de propinas e tráfico de influência dentro do Ministério da Educação (MEC), um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi protocolado por senadores de oposição no Congresso Nacional. Foram 31 assinaturas a favor da abertura da CPI, mas dentre esses nomes, nenhum parlamentar de Mato Grosso.

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Os senadores do estado, como Fábio Garcia (UNIÃO), defensor da Educação Pública nos pronunciamentos, não revela coerência, quando se trata de pedir investigação dos fatos. Assim como Wellington Fagundes (PL) e Margareth Buzetti (PP), não assinaram o pedido para investigar as supostas fraudes. O senador Fabio Garcia esteve, recentemente, mostrando seu apoio à educação de Mato Grosso, ao participar de reunião com educadores ao lado do correligionário e ex-secretário de educação Gilberto Figueiredo, bem como do atual gestor da pasta no estado Allan Porto.

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Os nomes do senador Wellington Fagundes (PL) Fábio Garcia (União Brasil) e Margareth Buzetti (PP) não constam entre as assinaturas do pedido de CPI.

Para o Sintep-MT, esse posicionamento mostra que os representantes de Mato Grosso no Senado não estão interessados em uma Educação Pública de qualidade. “As investigações preliminares já resultaram nas prisões do ex-ministro e pastores envolvidos nessas denúncias de tráfico de influência e esquemas de desvio de verbas. A CPI é justamente para investigar a fundo essas denúncias e, portanto, não tem motivo para que nossos parlamentares se posicionem contra”, destacou Valdeir Pereira, presidente do Sindicato.
O regimento do Senado prevê que o requerimento de abertura da Comissão precisa ser assinado por, no mínimo, 27 senadores – um terço dos 81 que compõem a Casa. O pedido de abertura deve ser lido ainda esta semana. A instauração da Comissão deve se dar somente no mês de agosto.
O colegiado deverá ter 11 senadores titulares e 11 suplentes. Segundo Randolfe, devido à proximidade com ao período de recesso parlamentar, a CPI, se aprovada por Pacheco, deverá ser instalada apenas em agosto.

Veja o momento:

Veja a lista de assinatura:

1 - Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
2 - Paulo Paim (PT-RS);
3- Humberto Costa (PT-PE);
4- Renan Calheiros (MDB-AL);
5- Fabiano Contarato (PT-ES);
6- Jorge Kajuru (Podemos-GO);
7- Zenaide Maia (PROS-RN);
8- Paulo Rocha (PT-PA);
9- Omar Aziz (PSD-AM);

10 - Rogério Carvalho (PT-SE);
11 - Reguffe (União-DF);
12- Leila do Vôlei (PDT-DF);
13 - Jean Paul Prates (PT-RN);
14 - Jaques Wagner (PT-BA);
15 - Eliziane Gama (Cidadania-MA);
16 - Tasso Jereissati (PSDB-CE);
17 - Cid Gomes (PDT-CE);
18 - Alessandro Vieira (PSDB-SE);
19 - Dário Berger (PSB-SC);
20 - Simone Tebet (MDB-MS);
21 - Mara Gabrilli (PSDB-SP);
22 - Nilda Gondim (MDB-PB);
23 - Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
24 - José Serra (PSDB-SP);
25 - Eduardo Braga (MDB-AM);
26 - Rafael Tenório (MDB-AL);
27 - Alexandre Giordano (MDB-SP);
28 - Izalci Lucas (PSDB-DF);
29 - Marcelo Castro (MDB-PI);
30 - Confúcio Moura (MDB-RO);
31 - Jarbas Vasconcelos (MDB-PE).