Seduc convoca Assembleia, durante férias escolar, para forçar a aprovação de Militarização


Protesto contra militarização da EE Professora Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, mobilizar a comunidade.

Publicado: 23/01/2023 17:28 | Última modificação: 23/01/2023 17:28

Escrito por: SIntep/VG

Reprodução

Em pleno período de férias, com o objetivo de impor a militarização de mais uma unidade escola em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação, por meio da Diretoria Regional de Educação de Várzea Grande (DRE/VG) convocou Assembleia da Comunidade Escola Estadual Adalgisa de Barros, localizada em Várzea Grande (Avenida Pedro Pedrossian, Jardim Aeroporto). A Assembleia foi convocada para hoje, segunda-feira (21/01) às 19h.

Os estudantes, revoltados, realizam manifestação, a partir das 16h, desta segunda, com o apoio do direção do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG).

Para a direção do Sindicato, “a Diretoria Regional de Educação de Várzea Grande convoca, pela segunda vez, reunião para debater a militarização da Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros, de forma arbitrária, pois a comunidade escolar ainda está em período de férias onde os estudantes não estão nas unidades escolares. Além disso, não resolveu uma questão anterior, que é permitir que os alunos de 16 anos sejam permitidos votar”, afirma a secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Cida Cortez, observando que essa nova audiência descumpriu todas as regras estabelecidas na própria Lei que criou escolas cívico-militares em Mato Grosso- Lei 17.359/2021, bem como a Lei 7040/98, Lei da Gestão Democrática, ao desconsiderar a posição do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE).

De acordo com informações da direção do Sintep/VG, o Grêmio da escola e o Conselho Deliberativo desde dezembro vêm instando a Seduc para que resolva essa situação, o que não aconteceu. “Portanto, é uma audiência com carta marcada para passar a privatização da escola sem a participação efetiva da comunidade escolar. A preocupação do sindicato com falta de transparência é com as normas autoritárias que a Seduc vem implantando”, aponta a dirigente do Sindicato.

“Foi esse mesmo procedimento adotado em 2020, quando eles militar a Escola Profª Nadir Maria Nadir de Oliveira, uma escola com mais de 30 anos de história.  A Secretaria da Educação estabeleceu que seriam 120 pessoas e no dia permitiu que mais de duas 1000 pessoas baldear pelos vereadores da Várzea Grande adentrasse o lugar. O ambiente é para poder sacramentar a privatização, a militarização da escola. Militarização não é privatização. E, agora, são os mesmos procedimentos que estão adotando no município de Várzea Grande, com a Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros, relata Cida Cortez.