Secretário de Educação de Acorizal, "Bodão", tenta minar paralisação recolhendo material sindical


Carta produzida pela subsede do Sintep/Acorizal para informar aos pais e responsáveis dos estudantes sobre a paralisação agendada para amanhã foi levada arbitrariamente pelo secretário municipal Edmilson Nascimento, apelido Bodão.

Publicado: 05/06/2024 18:40 | Última modificação: 05/06/2024 18:40

Escrito por: Roseli Riechelmann

Montagem Sintep-MT
Carta endereçada aos pais, informando paralisação é confiscada pelo secretário de Educação

Dirigentes da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), de Acorizal, relatam ato arbitrário cometido pelo secretário de Educação do município, Edmilson Santana do Nascimento, vulgo Bodão. O gestor da pasta confiscou o material sindical, que seria entregue aos pais dos estudantes nas escolas, comunicando a suspensão das aulas amanhã (6), às vésperas da manifestação da categoria.

Segundo profissionais das escolas municipais de Acorizal, o secretário municipal pegou, de forma arbitrária, os panfletos que eram para serem entregue pelos profissionais aos pais, esclarecendo os motivos da paralisação de um dia. “É um absurdo a desqualificação de um gestor público, ao se prestar a esse tipo de papel”, destaca o diretor do Sintep-MT, Ricardo Assis, cujo município integra a sua regional – Oeste 1, Baixada Cuiabana

A carta elaborada pelo Sindicato esclarece aos pais que, em virtude do descaso com os educadores, da recusa ao diálogo, da falta de informações no uso dos recursos da educação pública no município e, do arrocho salarial, iriam suspender as atividades, repondo o conteúdo em outra data, para protestar.

De forma contraditória à postura de um administrador público, o secretário de Educação permaneceu ignorando os profissionais e, de maneira truculenta e arbitrária, decidiu confiscar o material, além de suspender o transporte escolar nesta quarta-feira para as crianças das escolas do campo. Com isso, o número de estudantes foi bem inferior ao regular nas salas, o que impediu as famílias de serem informadas sobre a mobilização marcada para amanhã.

A tentativa de minar o movimento sindical é ainda mais grave, diante do impacto que a ação promoverá na vida das famílias e dos estudantes. “Sem a informação da suspensão de um dia de aula, o impacto promoverá muitos transtornos aos familiares, sem contar que a atitude implica em ato de negligência por parte da prefeitura”, completa Ricardo Assis.
 

Confira aqui a Carta enviada pelo Sindicato aos pais e responsáveis